A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse hoje (30) que foi informada por representantes da AstraZeneca que o pedido para uso emergencial da vacina contra Covid-19 da farmacêutica será feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituto nacional parceiro do laboratório britânico no desenvolvimento do imunizante.
“Segundo a empresa, não foi identificada dificuldade regulatória para atendimento aos requisitos da Anvisa, estabelecidos pelo Guia n. 42/2020, que trata dos requisitos mínimos para submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas Covid-19”, disse o comunicado da agência.
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A nota não menciona qualquer prazo para a apresentação desse pedido. O imunizante da AstraZeneca, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, é a principal aposta do governo brasileiro para fazer uma vacinação em massa no país contra a Covid-19.
A Anvisa informou no comunicado que o prazo para análise de uso emergencial da vacina é de até 10 dias a partir da entrada do pedido formal no órgão.
“Este período pode ser menor, a depender da quantidade de pacotes de informação já entregues pelo laboratório para a Anvisa dentro do processo de Submissão Continua”, acrescentou.
Representantes do alto escalão da AstraZeneca reuniram-se virtualmente nesta manhã com os diretores da agência Meiruze Sousa Freitas, Romison Rodrigues Motta e Alex Machado Campos, além de técnicos do órgão regulador brasileiro.
Por meio da assessoria de imprensa, a AstraZeneca disse que está em contato com a Anvisa para entender os procedimentos exigidos para um eventual pedido de uso emergencial. O laboratório não confirmou nem negou a informação de que caberá à Fiocruz apresentar esse pedido.
Uma eventual aprovação do imunizante precisa do aval dos diretores –ao todo, são cinco diretorias.
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A Fiocruz não se manifestou até o momento a respeito do comunicado da Anvisa.
Mais cedo, o laboratório britânico informou em nota que manterá o processo de submissão contínua para pedido de registro de sua vacina contra Covid-19 no Brasil após o imunizante obter a aprovação emergencial no Reino Unido nesta quarta.
A companhia disse ainda que trabalhará “de forma transparente e eficiente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para levar nossa vacina à população brasileira o mais rápido possível”. (Com Reuters)
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