O Estado de São Paulo irá iniciar a vacinação da população local em janeiro do ano que vem, disse hoje (3) o governador João Doria (PSDB), garantindo que o Estado não aguardará março, conforme prevê o plano anunciado na véspera pelo Ministério da Saúde.
“Quero reafirmar que, em São Paulo, de forma responsável, seguindo a lei e observando rigorosamente a lei, nós no próximo mês de janeiro, cumprindo o protocolo com a Anvisa e obedecendo aos princípios de proteção à vida, nós vamos iniciar a imunização dos brasileiros de São Paulo em janeiro”, disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
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Ainda não existe no Brasil uma vacina contra Covid-19 aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Há a expectativa de que a CoronaVac, vacina desenvolvida pela chinesa Sinovac e que está sendo testada no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista, se prove eficaz em estudos clínicos de Fase 3, cujo resultado preliminar deve sair até o dia 15, e seja aprovada em janeiro pelo órgão regulador.
Como ainda não há informação sobre o grau de eficácia da vacina, apontado pelo estudo clínico de Fase 3, também não há ainda um pedido de registro da CoronaVac junto à Anvisa.
Na entrevista coletiva, Doria, que é desafeto político do presidente Jair Bolsonaro, criticou o plano de vacinação do governo federal, anunciado na véspera e que prevê o início da vacinação contra Covid-19 para março, além da imunização de somente um terço da população em 2021.
O governador afirmou ainda que, na segunda-feira (7), anunciará um plano de vacinação do governo de São Paulo, bancado pelo governo do Estado e que entrará em vigor caso o governo federal não inclua a CoronaVac no plano nacional. Até o momento, o imunizante não tem sido mencionado pelo Ministério da Saúde quando trata do plano nacional para vacinação contra Covid-19.
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“Não vamos aguardar março e nem vamos enterrar mais brasileiros para aguardar aquilo que podemos fazer salvando mais de 60 mil vidas a partir de janeiro”, disse Doria.
Mais cedo, Doria esteve no aeroporto de Guarulhos para receber 600 litros da CoronaVac, que serão rotulados e envasados pelo Butantan para a produção de 1 milhão de doses da vacina.
Em novembro, o instituto recebeu 120 mil doses prontas do imunizante e o acordo com a Sinovac prevê, até meados de janeiro, a chegada de 6 milhões de doses prontas e a matéria-prima para a rotulagem e envase de 40 milhões de doses, totalizando 46 milhões de doses. (Com Reuters)
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