O Ministério da Saúde vai assinar um contrato com a Pfizer para comprar vacinas do laboratório para a imunização contra Covid-19, disse hoje (3) uma fonte do governo, com conhecimento direto do assunto, à Reuters.
Segundo a fonte, ainda não está confirmado se o contrato será para a compra de 100 milhões de doses, com a pasta adquirindo toda a produção do laboratório disponível para o Brasil.
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Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou oficialmente sobre o assunto. A Pfizer também não confirmou de imediato o acerto.
Após se reunir no início da tarde com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Glademir Aroldi, disse que o titular da pasta relatou no encontro que vai para uma reunião com representantes da Pfizer para “fechar negócio” na compra das vacinas do laboratório.
Segundo Aroldi, Pazuello disse que não sabia qual a quantidade nem a época da disponibilidade dessa vacina. O presidente da CNM afirmou que iria se manifestar sobre esses detalhes após o encontro com representantes do laboratório.
A vacina da Pfizer é a única até o momento que recebeu o registro definitivo para vacinação no país da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, por essa razão, poderia ser usada para uma massiva imunização da população brasileira.
Até o momento, o governo tem realizado a vacinação emergencial de grupos prioritários com os imunizantes CoronaVac e AstraZeneca-Oxford, autorizados pela Anvisa para esse tipo de uso.
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse já ter acertado a divisão de responsabilidade entre municípios, Estados e União, nas tratativas, assim como já foi feito com a Astrazeneca e como é feito com outras vacinas para outras doenças.
“É um passo importante! Porém, a capacidade de entrega da Pfizer e da Jansen é muito baixa nestes primeiros meses, março, abril e maio de 2021. Alegam que o Brasil perdeu a janela do contrato para 70 milhões de doses e agora vão poder entregar em maior volume a partir de junho. Mas é importante porque a Pfizer já está autorizada e pode ter parceria com laboratório do Brasil”, disse.
O ministério e a Pfizer negociam desde o ano passado a compra da vacina, mas a negociação enfrentava uma série de barreiras, em especial em relação à responsabilização no caso de eventos adversos da vacina.
Nesta semana, o Congresso aprovou um texto que facilita a aquisição de vacinas ao autorizar União, Estados e municípios a assumir a responsabilidade civil por eventuais eventos adversos decorrentes da imunização contra a Covid-19.
O presidente da CNM disse que, no encontro, Pazuello afirmou que não sabe quais pontos dessa proposta serão sancionados ou vetados. Disse-lhe que não trabalha com a perspectiva de que os demais entes federados possam comprar vacinas e sim que elas sejam todas adquiridas pelo Ministério da Saúde com base no Programa Nacional de Imunização.
Aroldi disse que, segundo o ministro, a eventual compra de vacinas pela iniciativa privada ficará 50% com eles e os outros 50% terão de ser doados para integrar o plano nacional. (Com Reuters)
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