A Pfizer Brasil e a BioNTech confirmaram hoje (19) o acordo com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelos dois laboratórios, dias após a pasta ter anunciado o acerto.
No comunicado, as farmacêuticas disseram que as doses serão entregues até o final do terceiro trimestre deste ano.
“Estamos muito honrados em trabalhar com o governo brasileiro e em colocar nossos recursos científicos e produtivos a favor de nosso objetivo comum de vacinar a população brasileira contra a Covid-19 o mais rapidamente possível”, disse Marta Díez, presidente da Pfizer Brasil, em comunicado.
A vacina Pfizer-BioNTech PFE.N, baseada na tecnologia de RNA mensageiro, foi a primeira vacina a obter registro definitivo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia 23 de fevereiro.
Em nota, o Ministério da Saúde informou que os contratos com as farmacêuticas Pfizer e Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson “foram concluídos e assinados”.
“Os acordos garantem mais 138 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para a campanha nacional de vacinação, em andamento desde o dia 18 de janeiro”, disse.
Segundo a pasta, a negociação com a Pfizer prevê 100 milhões de doses: 13,5 milhões entregues entre abril e junho e outros 86,5 milhões de julho a setembro.Já o contrato com a Janssen, conforme o ministério, prevê 38 milhões de doses: 16,9 milhões estão previstas para serem entregues de julho a setembro e 21,1 milhões de outubro a dezembro.
“Cabe ressaltar que o cronograma de entrega das vacinas é enviado ao Ministério da Saúde pelos laboratórios e está sujeito a alterações, de acordo com a disponibilidade de doses e a real entrega dos quantitativos realizada pelos fornecedores”, ressalvou a pasta.
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Acordo financeiro
Os detalhes financeiros do acordo não foram revelados no comunicado da Pfizer, mas, conforme extratos de dispensa de licitação publicados no Diário Oficial da União na última terça-feira (16), o governo federal vai investir R$ 5,63 bilhões na compra de 100 milhões de doses da vacina da Pfizer.
O governo também planeja investir outros R$ 2,14 bilhões na aquisição de 38 milhões de doses do imunizante da Janssen. Esse imunizante ainda não tem registro definitivo na Anvisa, mas deve receber brevemente a autorização de uso emergencial, já que tem o registro nos Estados Unidos e em outros países que são usados como base para a análise da agência reguladora brasileira.
A compra de vacinas desses dois laboratórios foi anunciada como um dos últimos atos do ministro demissionário da Saúde, Eduardo Pazuello, em meio a críticas na demora na imunização e no momento em que o país passa pela pior fase da pandemia. (Com Reuters)
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