A Fundação Oswaldo Cruz receberá no sábado dois lotes de insumos da vacina de Oxford/AstraZeneca, com quantidade suficiente para envasar 18 milhões de doses, e o Instituto Butantan deve receber na semana que vem a próxima remessa de insumos da CoronaVac, afirmou hoje (17) o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.
Tanto a Fiocruz como o Butantan dependem da chegada de insumos enviado pela China para continuar o processo de fabricação dos dois imunizantes mais usados no país contra a Covid-19. No caso do Butantan, o envase foi interrompido na semana passada por falta de insumos da vacina da chinesa Sinovac, enquanto a Fiocruz anunciou que interromperia o envase da vacina da AstraZeneca esta semana até a chegada de um novo lote.
Butantan entrega 1,1 milhão de doses da CoronaVac ao PNI e para produção por falta de insumo
De acordo com o secretário-executivo da Saúde, o governo recebeu a confirmação nesta segunda de que a China embarcará no dia 21, com chegada ao Brasil no dia seguinte, dois lotes que originalmente seriam enviados separadamente nos dias 21 e 28.
“A boa notícia é que hoje recebi a confirmação de que esses dois lotes vão ser embarcados no dia 21 de maio. Então, é uma quantidade suficiente para produção de aproximadamente 18 milhões de doses”, disse Cruz em audiência da comissão temporária de acompanhamento da Covid-19 no Congresso.
No caso do Butantan, o secretário afirmou que conversou mais cedo com representantes do instituto paulista e que há uma possibilidade de confirmação ainda nesta segunda-feira de chegada dos insumos da CoronaVac por volta do dia 25 de maio.
“Há uma expectativa, uma sinalização, para que isso chegue aqui por volta do dia 25, mas ainda pendente de confirmação por parte da China”, afirmou.
As vacinas da AstraZeneca e CoronaVac são as duas principais em uso no país contra a Covid, sendo responsáveis por 99% de todas as doses aplicadas no país, com 69% da CoronaVac e 30% da AstraZeneca. A Pfizer representa o 1% restante.
O Butantan já entregou ao Ministério da Saúde 47,2 milhões de doses da CoronaVac de um total contratado de 100 milhões, enquanto a Fiocruz entregou 30,1 milhões de um primeiro contrato de 104,5 milhões.
Até o momento, o Brasil vacinou 35,8 milhões de pessoas com a primeira dose, o equivalente a 17% da população, e 17 milhões com as duas doses (8% da população). (Com Reuters)
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