A Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) autorizou nesta quinta-feira (23) a pílula antiviral contra Covid-19 da MSD para certos pacientes adultos do grupo de risco, um dia após dar sinal verde para um tratamento semelhante da Pfizer a pacientes de alto risco acima dos 12 anos.
O medicamento da MSD, o molnupiravir, desenvolvido com a Ridgeback Biotherapeutics, demonstrou reduzir as hospitalizações e mortes em cerca de 30% em um ensaio clínico com indivíduos de alto risco no início do curso da doença.
A agência autorizou o medicamento oral para o tratamento da Covid-19 em casos leves a moderados em adultos com risco de contrair a forma grave da doença e para os quais tratamentos alternativos contra Covid-19 não são acessíveis ou clinicamente apropriados.
A decisão segue uma votação limitada a favor da autorização por um painel de conselheiros da FDA em 30 de novembro.
As pílulas da MSD e da Pfizer podem ser ferramentas promissoras para pessoas infectadas com a Covid-19, especialmente diante da variante de rápida disseminação Ômicron do vírus, que agora é a cepa dominante nos Estados Unidos.
“Como novas variantes do vírus continuam surgindo, é crucial expandir o arsenal de terapias contra Covid-19 do país usando autorização do uso emergencial”, disse Patrizia Cavazzoni, diretora do Centro de Avaliação e Pesquisa de Medicamentos da FDA.
O medicamento não está autorizado para uso em pacientes com menos de 18 anos, porque o molnupiravir pode afetar o crescimento dos ossos e da cartilagem, informou a FDA. O medicamento da Pfizer foi autorizado na quarta-feira para pessoas com 12 anos ou mais.
O contrato do governo norte-americano para a compra de 10 milhões de tratamentos com o medicamento da Pfizer a 530 dólares por tratamento se compara ao acordo com a MSD para até 5 milhões de tratamentos com molnupiravir a 700 dólares por tratamento.