O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou o fim das medidas impostas para conter a rápida propagação da variante Ômicron na Inglaterra, conforme busca uma forma de conviver com o vírus após um aparente pico de casos.
O Reino Unido foi o primeiro país a limitar viagens internacionais por causa da variante Ômicron, soando o alarme sobre suas mutações, e em dezembro introduziu as recomendações pelo trabalho em casa, maior uso de máscaras e passaportes vacinais para desacelerar a disseminação.
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Mas embora os casos tenham disparado para um patamar recorde, as hospitalizações e mortes não cresceram no mesmo ritmo, em parte por conta do programa britânico de doses de reforço e pela menor gravidade da variante.
A abordagem de Johnson para evitar lockdowns e conviver com o vírus contrasta com a política de tolerância zero à Covid-19 na China e Hong Kong e restrições mais severas em muitos outros países europeus.
“Muitos países na Europa sofreram mais lockdowns de inverno, mas este governo seguiu um caminho diferente”, disse Johnson a parlamentares, acrescentando que o governo acertou na tomada de decisões difíceis e que os números de hospitalizações estavam caindo.
“Nossos cientistas acreditam que é provável que a onda de Ômicron tenha atingido o pico nacional”, disse. “Por causa da extraordinária campanha (de vacinação com doses) de reforço, juntamente com a maneira como o público respondeu às medidas do Plano B, podemos retornar ao Plano A”, acrescentou.
Ele explicou que nenhuma das chamadas medidas do Plano B permanecerá, com a política de uso de máscaras não sendo mais imposta, os passes da Covid-19 não sendo obrigatórios e o fim das recomendações de trabalho remoto.