Muitas pessoas procuram terapia em busca de insights sobre suas amizades problemáticas. Eles podem fazer perguntas como:
- “Eles me conhecem desde sempre, por que não posso ser eu mesmo perto deles?”
- “Por que eles sempre estragam todas as coisas boas que eu compartilho com eles?”
- “Eu não confio que eles sejam honestos comigo. Isso é normal?
- “Por que sempre fico tenso e quieto quando estou perto deles?”
Como investimos tanto tempo e confiança em nossas amizades, pode ser difícil reconhecer quando uma amizade platônica se tornou tóxica. E, chamar a atenção para esse comportamento problemático pode ser ainda mais difícil e confuso.
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Se essas perguntas estão passando pela sua mente, aqui estão dois sinais de que sua amizade azedou e que algo precisa mudar.
1. Ele é um assediador discreto
Aqui está um cenário. Você e seu melhor amigo se cutucam de vez em quando. Mas está tudo bem, um pouco de crítica é bom para uma amizade.
No entanto, você começou a se sentir desconfortável ultimamente. Ele puxa seu tapete e te humilha para fazer outras pessoas rirem. Ele pegam no seu pé em locais públicos e revelam aleatoriamente segredos que juraram manter.
Uma pesquisa publicada no “American Journal of Sociology” sugere que o bullying e a agressão são mais comuns dentro dos círculos de amigos do que fora deles. Quando uma pessoa recorre a vitimizar alguém por popularidade ou outros objetivos, geralmente começa com um amigo.
Por quê? Porque é fácil e conveniente. Você conhece os pontos sensíveis um do outro. A linha entre o que passa e o que não passa é muitas vezes tênue em relacionamentos platônicos. Você pode acabar sentindo que não está praticando esportes o suficiente ou que se ofende muito facilmente.
O que é importante lembrar nesses momentos é o que te machuca, te machuca. Questionar a maneira como você se sente minimiza o que você está passando. Algumas pessoas até tentam suprimir esses sentimentos para impressionar ou provar a si mesmos ao seu ‘inimigo’.
A verdade é que existem apenas duas maneiras de lidar com essa situação.
- Tenha uma conversa honesta. Talvez seja hora de deixar de lado o medo do confronto e cair na real com seu amigo. Estabeleça limites sobre coisas que podem e não podem ser brincadas. Se eles realmente se importam com você, eles ouvirão e trabalharão em seu comportamento.
- Corte o cordão. Se o seu amigo continuar a intimidá-lo mesmo depois de uma conversa explícita, convém reconsiderar a presença dessa pessoa em sua vida. No fim das contas, as amizades devem ser espaços seguros. Se você se sente inseguro em um relacionamento, provavelmente está melhor sem ele.
2. Ele é um parasita discreto
Existe um amigo em sua vida que só liga para você quando precisa de uma carona? Você já começou a evitar as ligações de um determinado amigo porque ele só lembra de você quando precisa desabafar? Existe um amigo que sempre espera que você esteja lá para eles, mas nunca aparece para você?
Todos esses são exemplos clássicos de amizades parasitas. Um amigo parasita se concentra demais no aspecto de ‘receber’ da dinâmica de dar e receber de uma amizade. Embora haja um elemento utilitário em quase todas as amizades (por exemplo, carona, troca de guarda-roupa, tarefas de babá de animais de estimação, etc.), as coisas podem ficar complicadas quando a ajuda flui apenas em uma direção.
Uma amizade saudável tem afeição e respeito mútuos em sua essência. Se você suspeita que uma pessoa pode ser mais um parasita do que um amigo para você, aqui estão duas perguntas que você pode fazer a si mesmo para obter clareza.
- Você se sente objetificado? Quando essa pessoa pede sua ajuda, ela oferece ajuda em troca? Eles expressam gratidão? Eles consideram como esse ato de ajuda pode estar custando a você? Se sua resposta a essas perguntas for um ‘não’, você pode estar lidando com um indivíduo parasita – alguém que faz você se sentir mais como um objeto e menos como uma pessoa.
- Você se sente esgotado por eles? As amizades parasitas podem ser materiais ou emocionais (ou ambas). Uma amizade saudável geralmente reabastece seu reservatório emocional, enquanto uma amizade parasita pode esgotá-lo.
Pesquisa publicada no “The British Journal of Social Psychology” mostrou que relacionamentos enraizados na utilidade raramente duram (a menos que sejam utilitários, como relacionamentos de trabalho), pois ninguém pode ser útil para outra pessoa para sempre. Está em suas mãos acabar com uma amizade que está te consumindo antes que eles decidam que não precisam mais de você.
Conclusão
No fundo, todos sabemos como é uma verdadeira amizade. A melhor coisa a fazer ao fazer amigos é ouvir sua intuição e ter uma conversa honesta quando algo parecer errado.
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