Muitas pessoas vêm à terapia reclamando de como têm dificuldade em esperar. Elas me dizem coisas como: “Se eu tivesse resistido e esperado um pouco mais, aquela promoção teria sido minha”, “Não entendo o porquê de essa demora ser tão grande, é muito frustrante” e “Eu sei que preciso esperar que ele me ligue, como ele disse que faria, mas ainda assim acabo ligando para ele primeiro.”
Embora saibamos que as coisas boas se desenvolvem com o tempo, na prática, muitas vezes, lutamos para sentar e deixar que tudo se encaixe. Raiva, irritação e frustração são um trio de emoções negativas que contribui para o ciclo vicioso de desesperança e aumento da impaciência.
Aqui estão três dicas para praticar se você luta para ficar no lado certo do tempo.
#1. Aceite a incerteza
Uma dura verdade para muitos aprenderem é aceitar abrir mão do controle e absorver as experiências à medida que elas surgem, já que a imprevisibilidade pode causar ansiedade e medo de perder oportunidades.
Um estudo publicado no Journal of Experimental Psychology sugere que, embora praticar a paciência possa ser uma tarefa angustiante, especialmente diante de desfechos incertos, todos nós somos melhores nisso do que pensamos. Além disso, nossa capacidade de praticar a paciência aumenta de acordo com nosso desejo de recompensa. Em outras palavras, esperar por algo que realmente importa para nós é mais fácil do que esperar por algo que ligamos menos.
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Claro, a vida é cheia de obstáculos e surpresas para as quais nem sempre se pode estar preparado. Algumas coisas que podem ajudar a gerenciar sua preocupação desencadeada por eventos inesperados são:
- Concentrar-se no que você pode controlar e influenciar, em vez do que não pode. Quando assumir o controle de uma situação não for uma opção, você pode optar por dar um passo para trás e refletir.
- Manter uma perspectiva positiva sobre o que a situação pode trazer com ela. Mudanças de última hora podem trazer desconforto, mas, com uma visão de longo prazo, pode-se aprender a encontrar o lado positivo.
- Deixar de lado as emoções difíceis que o impedem de seguir em frente. Apegar-se à ansiedade, à inquietação e ao medo alimenta um ciclo negativo. Em vez disso, aceite a dificuldade da incerteza e aprenda a fluir com ela para emergir mais forte do outro lado.
#2. Defina expectativas realistas
A impaciência surge quando as coisas vão contra nossos planos ‘perfeitos’. Isso pode ser visto em três contextos da vida:
- Quando esperamos que o ambiente se adapte às nossas necessidades
- A maneira como esperamos que as pessoas nos tratem pessoal ou profissionalmente
- Expectativas que estabelecemos para nós mesmos
Uma pesquisa publicada no Journal of Personality and Social Psychology descobriu que as pessoas são mais otimistas em relação ao futuro do que as estatísticas podem sugerir. Esse otimismo irreal, embora motivador, pode levar a expectativas irracionais ou inatingíveis.
Gerir as expectativas ajuda a desenvolver a paciência. Veja como você pode fazer isso por si mesmo:
- Esteja atento ao definir metas e cronogramas
- Comunique suas necessidades e limites para garantir estar na mesma página com os outros e para ajudá-los a definir expectativas realistas para você
- Esteja aberto para se adaptar se e quando necessário. Ter planos alternativos pode ajudá-lo a se adaptar a situações de mudança
#3. Não se apegue à opinião dos outros
Parte da origem da capacidade de esperar sem inquietação ou pressa tem suas raízes no desenvolvimento de um estilo de apego seguro, afirma um artigo publicado na The Psychoanalytic Review. Um indivíduo inseguro e ansioso tende a buscar a garantia constante dos outros.
Buscar validação externa cria uma dependência de fontes externas, reduzindo a capacidade da pessoa de se acalmar e tranquilizar. Algumas estratégias para ajudar a transformar a insegurança em segurança são:
- Esteja ciente de seus pensamentos e respostas corporais ao desconforto. Relaxe concentrando-se em algo prazeroso ou desejável
- Pratique a autocompaixão e evite julgar sua falta de paciência às vezes. Seja curioso sobre suas próprias respostas e pergunte a si mesmo: “ Estou piorando as coisas? ” e “ O que posso fazer para tornar a situação melhor para mim e para os outros? ”
- Criar o hábito de pausar, refletir e fazer uma introspecção com esforço consciente pode ajudar a aumentar a paciência durante situações estressantes.
Conclusão
Resultados saudáveis para ser mais paciente são um produto de adiar a gratificação. Trabalhar com um profissional de saúde mental especializado em autorreflexão pode te ajudar a se firmar e encontrar paz interior em momentos de grande impaciência e/ou incerteza.
Veja três tipos de personalidade para manter uma distância saudável:
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Getty Images #1. Tenha cuidado ao investir em uma pessoa emocionalmente indisponível
Perseguir um relacionamento com uma pessoa emocionalmente indisponível, seja romanticamente ou platonicamente, muitas vezes é forçar-se a uma dança de ‘perseguidor-distanciador’. Em um relacionamento assim, quanto mais você persegue a outra pessoa, buscando aprovação, intimidade e/ou conexão, mais ela pode se distanciar de você. Isso pode ser extremamente desgastante, pois leva a sentimentos persistentes de insatisfação, baixa autoestima e desconexão.
As pessoas tendem a supor que os homens são mais propensos a desempenhar o papel de distanciador, mas pesquisas publicadas na Sexual and Relationship Therapy mostram que não é incomum que as mulheres também pratiquem o distanciamento emocional. Independentemente disso, para um relacionamento prosperar, ambas as partes precisam estar investidas e dispostas a expressar e testemunhar as vulnerabilidades uma da outra.
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Getty Images #2. Evite os que não se desculpam
Um “não-desculpador” é alguém que acha difícil assumir seu comportamento, especialmente nos casos em que um pedido de desculpas é justificado.
Todos nós cometemos erros, então, todos nós devemos possuir a capacidade de pedir desculpas. Pedir desculpas em momentos críticos é um componente essencial para relacionamentos saudáveis.
Além disso, as desculpas não devem ser reservadas apenas para os maiores erros de alguém. Reconhecer seus pequenos erros é importante e mostra um cuidado genuíno pela pessoa que pode ter sido vítima deles.
Um pedido de desculpas tão simples quanto “Sinto muito por ter chegado mais tarde do que prometi, perdi meu alarme, por favor, saiba que valorizo muito nosso tempo juntos” seguido de uma ação corretiva basta.
Já que quem não se desculpa geralmente não percebe seu comportamento imprudente, conversar pode ser o melhor a se fazer. Mas, se você sentir que a pessoa está ciente do mal que seu comportamento fez a você, e ainda assim não se desculpa – seja por princípios ou devido a uma visão distorcida da situação -, provavelmente é melhor se livrar do relacionamento.
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Getty Images #3. Tenha cuidado com os que buscam status
Todos os relacionamentos são egoístas até certo ponto. Nos apoiamos nos outros para obter apoio, conexão, amor, amizade, risadas, etc. – as coisas que nos fazem sentir realizados como humanos.
Mas há casos em que a equação de valor fica desequilibrada. Há muitas pessoas, por exemplo, que buscam conexões com outras pessoas porque isso serve a algum propósito imediato. É um fato lamentável da vida social.
Esses tipos de pessoas geralmente atribuem seu valor a coisas materiais, em vez de amizades e conexões emocionais. Para eles, pode não haver nada de errado em ver um relacionamento com alguém como um meio para algum outro fim. Mas, infelizmente, muitas vezes é você quem sai na pior.
Portanto, cuidado com os buscadores de status que só ficam por perto para colher os benefícios das coisas que você pode fazer por eles. Assim que conseguirem o que precisam, é provável que passem para o próximo alvo.
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Getty Images Conclusão
Por mais difícil que às vezes seja eliminar pessoas tóxicas de sua vida, também é importante saber que a unilateralidade de tais relacionamentos acabará por lhe causar agonia e decepção. Quanto mais cedo você deixar ir, mais fácil será reconstruir sua vida.
#1. Tenha cuidado ao investir em uma pessoa emocionalmente indisponível
Perseguir um relacionamento com uma pessoa emocionalmente indisponível, seja romanticamente ou platonicamente, muitas vezes é forçar-se a uma dança de ‘perseguidor-distanciador’. Em um relacionamento assim, quanto mais você persegue a outra pessoa, buscando aprovação, intimidade e/ou conexão, mais ela pode se distanciar de você. Isso pode ser extremamente desgastante, pois leva a sentimentos persistentes de insatisfação, baixa autoestima e desconexão.
As pessoas tendem a supor que os homens são mais propensos a desempenhar o papel de distanciador, mas pesquisas publicadas na Sexual and Relationship Therapy mostram que não é incomum que as mulheres também pratiquem o distanciamento emocional. Independentemente disso, para um relacionamento prosperar, ambas as partes precisam estar investidas e dispostas a expressar e testemunhar as vulnerabilidades uma da outra.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
(Traduzido por Isadora Tega)