A tomossíntese, também conhecida como “mamografia 3-D”, é considerada uma evolução tecnológica da mamografia digital. Nesta técnica, o tubo de raios-X do mamógrafo se move como um arco sobre a mama.
Isso permite que a captação de imagens obtenha várias projeções com dose baixa de radiação. Como ela reduz a sobreposição dos tecidos que compõem a mama, fica mais fácil achar uma lesão, além de diminuir a necessidade de radiografias complementares.
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Uma das principais vantagens da tomossíntese é a melhor visualização dos contornos dos nódulos, facilitando o diagnóstico entre benignos e malignos.
Este exame já é indicado para compor o rastreamento do câncer de mama, aumentando em cerca de 30% a detecção da doença. Por outro lado, diminui a realização de exames complementares, principalmente em mulheres com mamas densas.
Um estudo publicado no ano passado, na Europa, avaliou quase 100 mil mulheres e analisou o papel da tomossíntese digital combinada à mamografia tradicional para o diagnóstico de tumores.
Como resultado, os pesquisadores perceberam que houve uma chance 1,5 vez maior de detecção de um câncer de mama invasivo, o que auxilia o diagnóstico e a escolha do melhor tratamento para cada caso.
A avaliação das taxas de câncer no estudo de acompanhamento ajudará ainda mais a investigar os benefícios a longo prazo da triagem digital de tomossíntese de mama.
Converse com seu médico sobre a necessidade e as possibilidades de inclusão deste exame na sua rotina de prevenção.
Fernando Maluf é cofundador do Instituto Vencer o Câncer e professor livre-docente da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.
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