Um novo estudo publicado no Journal of Consumer Research investiga como a fusão das finanças em uma conta conjunta afeta a qualidade dos relacionamentos para casais noivos ou recém-casados, e o resultado pode ser surpreendente. Segundo a pesquisa, casais que unem suas finanças acabam sentindo um efeito protetor que previne a queda na qualidade do relacionamento ao longo do tempo.
“Fomos motivados pelos conselhos conflitantes que frequentemente são dados a recém-casados”, explica Jenny Olson, da Universidade de Indiana, autora principal do estudo. “Enquanto algumas fontes recomendam a fusão, outras insistem que os parceiros mantenham suas vidas financeiras separadas. Então, o que um casal deve fazer?”
Os pesquisadores realizaram um experimento de dois anos e seis etapas, nas quais os participantes (noivos ou recém-casados) foram divididos em três grupos: fusão das finanças, manter contas separadas ou nenhuma intervenção (grupo de controle).
Veja o que a pesquisa concluiu:
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Getty Images Casais que mantinham contas separadas ou não tiveram intervenção tiveram uma queda na qualidade do relacionamento ao longo do tempo; já casais que uniram suas finanças foram protegidos dessa queda. Isso se deve principalmente à melhoria da harmonia financeira entre os casais com contas conjuntas, resultando em menos conflitos e maior satisfação com a administração do dinheiro por ambos os parceiros. O estudo oferece três razões potenciais pelas quais a fusão das finanças leva a resultados positivos nos relacionamentos.
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Getty Images Contas conjuntas podem fazer com que os parceiros considerem como justificam suas compras um ao outro, levando a menos conflitos e a um melhor bem-estar financeiro. A transparência criada ao abrir uma conta conjunta permite que os parceiros entendam melhor as prioridades um do outro e alinhem seus objetivos financeiros. Unir o dinheiro em uma conta conjunta pode promover uma sensação de união e eliminar a dinâmica de ‘seu dinheiro’ versus ‘meu dinheiro’. No entanto, unir as finanças não está livre de desafios.
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Getty Images “A fusão das finanças pode apresentar desafios, como a perda percebida da autonomia”, esclarece Olson. “A comunicação aberta é fundamental.”
Destacando o valor da comunicação aberta, os autores oferecem as seguintes recomendações:
Os casais devem ter conversas abertas para encontrar um equilíbrio entre união e autonomia. Estratégias como manter contas conjuntas com cartões de crédito separados ou estabelecer limites de gastos são úteis. Aqueles que estão noivos ou são recém-casados provavelmente estão incertos sobre unir suas finanças, por isso, devem ter conversas contínuas para avaliar os prós e contras de diferentes estruturas de contas bancárias, bem como se adaptar às novas necessidades e desafios que surgem. “Encontros financeiros regulares” dedicados são essenciais. Essas conversas planejadas fornecem aos parceiros a oportunidade de se prepara e evitar sentimentos de falta de prevenção.
Casais que mantinham contas separadas ou não tiveram intervenção tiveram uma queda na qualidade do relacionamento ao longo do tempo; já casais que uniram suas finanças foram protegidos dessa queda. Isso se deve principalmente à melhoria da harmonia financeira entre os casais com contas conjuntas, resultando em menos conflitos e maior satisfação com a administração do dinheiro por ambos os parceiros. O estudo oferece três razões potenciais pelas quais a fusão das finanças leva a resultados positivos nos relacionamentos.
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*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.