O inverno chegou e, com ele, as alterações de pele mais comuns: ressecamento e aumento das dermatites. Nesse mesmo período, há, ainda, um aumento na busca por tratamentos a laser para o rejuvenescimento facial.
Sempre digo aos meus pacientes que a melhor época do ano para fazer procedimentos faciais mais ablativos é o inverno. E sabe por quê? Porque tratamentos a laser ablativos ou microablativos, por exemplo, causam uma reação inflamatória e leve vermelhidão na pele para gerar renovação celular e regenerar as camadas mais profundas, estimulando a produção de colágeno e elastina. Esse processo não combina com sol, praia e calor. Inclusive, os resultados são muito melhores quando o paciente não se expõe aos raios solares durante o tratamento de rugas profundas ou de manchas causadas pelo sol ou por acne.
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No inverno, como nossa exposição ao sol é muito menor, a pele fica mais protegida. Então, o risco de o paciente manchar a área tratada com lasers é muito pequeno. É claro que o filtro solar é indispensável em todas as estações do ano, mas, no frio, conseguimos efeitos muito mais satisfatórios.
Sabia que o laser, atualmente, é a principal indicação para 95% das terapias antienvelhecimento para obtenção de um resultado natural? Ele é indicado de remoção de manchas ao aumento da produção de colágeno.
Na década de 1980, o laser era utilizado em apenas 40% dos casos, sobretudo nas peles profundamente marcadas pelo tempo. Os efeitos colaterais dos tratamentos incluíam vermelhidão e queimaduras, obrigando os pacientes a ficar em casa por vários dias. Hoje, com a evolução das tecnologias, quem se submete a uma sessão de laser pode sair do consultório do dermatologista diretamente para o trabalho.
Posso dizer com toda a certeza que esse recurso é muito eficiente para tratar condições como melasma, manchas de sol, acne, sardas, rosácea e o envelhecimento da pele. Quando falamos de rejuvenescimento facial, minha primeira abordagem é tratar a pele com tecnologias. Uso muito o laser fracionado de picossegundos, o fracionado profundo de CO2 e o Erbium. Essas tecnologias nos permitem reverter o afinamento da pele, que, com o envelhecimento, perde colágeno e elastina.
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Entre os resultados, estão a melhora da flacidez, além de melhor qualidade e textura da pele, que fica mais natural e saudável. O processo age também na prevenção do envelhecimento, melhorando dermatites, tratando algumas lesões pré-cancerígenas e tipos superficiais de câncer de pele.
Para rugas profundas, indico o laser de CO2 fracionado, que age na derme superficial e profunda, promovendo um estímulo de colágeno de dentro para fora e uma regeneração intensa de todas as camadas da pele.
Embora não seja laser, a radiofrequência microagulhada é outro procedimento ideal para o inverno e que combate rugas e linhas finas de maneira eficaz. Nessa técnica, usamos microagulhas para aplicar energia de radiofrequência diretamente na derme, estimulando a produção de colágeno e elastina de forma mais intensa, com resultados realmente visíveis e naturais.
Há outras tecnologias muito eficientes quando o assunto é laser e tratamentos faciais. O importante é não deixar o inverno passar e fazê-los logo para ter os melhores resultados!
Dra. Letícia Nanci é médica do Hospital Sírio-Libanês, médica responsável pela Clínica Dermatológica Letícia Nanci; membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD); da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
Coluna publicada na edição 109 da revista Forbes, em junho de 2023.