Tomar a decisão de terminar um relacionamento nunca é fácil. É um processo complexo que envolve emoções conflitantes, introspecção e reflexão. Agir precipitadamente pode ter consequências de longo prazo para as duas pessoas envolvidas.
Quando você percebe que o fim do relacionamento pode estar próximo, é natural se sentir sobrecarregado. No entanto, isso pode resultar em uma série de decisões ruins, que vão desde um rompimento forçado até simplesmente ignorar o problema.
Estar presente e disponível quando o relacionamento está em crise pode ser o verdadeiro teste do amor de qualquer parceiro. O objetivo não é evitar a separação a qualquer custo, mas olhar diretamente para as falhas na base da relação e considerar, com total honestidade, se elas podem ser consertadas ou não.
Veja cinco questões essenciais para refletir antes de decidir terminar um relacionamento:
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Getty Images #1. Você realmente perdeu a conexão ou é apenas uma fase passageira?
Relacionamentos são dinâmicos. As intensas emoções do início podem diminuir à medida que a paixão se torna um vínculo emocional mais profundo. Aqui, é importante discernir se o enfraquecimento da conexão é uma fase temporária ou uma perda genuína de ligação.
Uma das primeiras áreas que pode mostrar sinais de desgaste é a intimidade do casal. Quando duas pessoas começam a se afastar e perder o contato, a conexão física e íntima também tende a diminuir. Nesse cenário, tentar reacender a paixão pode despertar um novo senso de intimidade fora do quarto.
Um estudo publicado em “Social Psychological and Personality Science” descobriu que a motivação de um parceiro em atender às necessidades sexuais do outro influenciava positivamente o desejo sexual diário e contribuía para sustentá-lo.
Se você sentir que a conexão desapareceu de vez, pode ser um sinal de que o relacionamento chegou ao fim. Abordar o término com compaixão e compreensão pode ajudar a minimizar a dor e garantir que a dissolução não traumatize nenhum dos envolvidos. -
Getty Images #2. Vocês são fundamentalmente incompatíveis ou estão presos a um ciclo problemático?
Os valores fundamentais são princípios orientadores que moldam nossa percepção do mundo e influenciam nossos comportamentos, atitudes e escolhas. Quando duas pessoas em um relacionamento têm valores fundamentais muito diferentes, pode levar a conflitos e desafios significativos.
Pesquisas publicadas em “Personality and Individual Differences” sugerem que, embora pessoas diferentes ainda possam se apaixonar, a chave para um relacionamento longo e satisfatório está na similaridade e compatibilidade de valores e prioridades. Entender se os conflitos surgem de uma incompatibilidade genuína ou outras questões é crucial para avaliar a saúde e o futuro da relação.
Por um lado, valores fundamentais incompatíveis envolvendo visões sobre religião, família, finanças, escolhas de estilo de vida e noções básicas de certo e errado podem levar a constantes desentendimentos e sentimentos de insatisfação. Conflitos decorrentes de padrões negativos de comunicação e comportamento, por outro lado, às vezes podem minar a compatibilidade entre os parceiros, levando a má comunicação, culpa, defensividade e afastamento.
Se os conflitos decorrem de valores fundamentais incompatíveis, você precisa avaliar se a relação pode prosperar a longo prazo, o que exigirá compromisso e respeito pelas perspectivas um do outro.
Por outro lado, abordar e romper com outros padrões negativos de relacionamento — talvez através de terapia de casal — pode levar a uma parceria mais positiva e construtiva. -
Getty Images #3. Vocês se distanciaram ou o relacionamento já não é mais sua prioridade?
As demandas da vida podem fazer com que os casais se afastem se não investirem ativamente no relacionamento. As pessoas têm diferentes experiências na vida e naturalmente passam por transformações pessoais, descobrem novas paixões e expandem sua identidade.
Essas mudanças às vezes podem criar uma distância perceptível e deixar os envolvidos se sentindo desconectados. Essa distância também surge quando os casais permitem que o relacionamento fique em segundo plano na lista de prioridades. A falta de tempo dedicado ao casal pode levar a uma distância emocional e enfraquecer o vínculo.
Para lidar com esse problema, um estudo publicado em “Personal Relationships” sugere que participar de atividades compartilhadas que sejam satisfatórias, livres de estresse e que aumentem a proximidade pode levar a uma melhor qualidade de relacionamento no momento e ao longo do tempo.
Portanto, não hesite em preencher o tempo dedicado a vocês com atividades divertidas. Pode ser qualquer coisa, como cozinhar uma refeição juntos, se tornar parceiros de treino um do outro ou assistir a filmes e discutir depois. Claro, atividades como viajar e jogar jogos de tabuleiro raramente decepcionam. -
Getty Images #4. Seu parceiro desconhece suas necessidades ou você só não consegue expressá-las?
É natural que as pessoas tenham necessidades que esperam que seu parceiro atenda. No entanto, necessidades não atendidas podem minar a base de um relacionamento aos poucos, causando frustração e ressentimento. Para lidar com essas questões, é fundamental determinar se seu parceiro realmente não tem conhecimento de suas necessidades ou se você não as expressou de forma eficaz.
As pessoas não são leitoras de mentes, e seu parceiro pode não entender completamente o que você precisa, a menos que você deixe isso claro. Nesses casos, conversar quando ambos estiverem relaxados e receptivos a discutir seus sentimentos pode ser útil. Pesquisas sugerem que usar declarações com o pronome “eu”, em vez de declarações acusatórias com o pronome “você”, para expressar suas emoções e comunicar suas necessidades sem atribuir culpa, pode contribuir.
Por outro lado, se você perceber que suas necessidades não estão sendo atendidas porque você não quer expressá-las por medo de julgamento ou rejeição, é importante reconhecer que ter necessidades é natural e essencial. Tenha em mente que seus sentimentos e desejos são válidos e merecem atenção. -
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Getty Images #5. Seu relacionamento está te deixando infeliz ou você está projetando outro problema nele?
Nossa felicidade geral e satisfação com a vida afetam como vemos e sentimos nossos relacionamentos. Dificuldades em outras áreas da vida podem influenciar nossa percepção e nos levar a acreditar que a fonte do descontentamento está na relação. Fatores externos como estresse no trabalho, problemas de saúde ou preocupações financeiras podem influenciar nossas emoções e transbordar para as relações.
Nesses casos, a autorreflexão pode nos ajudar a diferenciar os desafios do relacionamento dos desafios da vida. Apoiar um ao outro pode ser uma fonte valiosa de conforto em tempos difíceis, mas pode não resolver completamente a causa. Se você perceber que a infelicidade está relacionada a problemas não resolvidos dentro da relação, buscar orientação profissional pode ajudar a abordar e melhorar os problemas do seu relacionamento.
#1. Você realmente perdeu a conexão ou é apenas uma fase passageira?
Relacionamentos são dinâmicos. As intensas emoções do início podem diminuir à medida que a paixão se torna um vínculo emocional mais profundo. Aqui, é importante discernir se o enfraquecimento da conexão é uma fase temporária ou uma perda genuína de ligação.
Uma das primeiras áreas que pode mostrar sinais de desgaste é a intimidade do casal. Quando duas pessoas começam a se afastar e perder o contato, a conexão física e íntima também tende a diminuir. Nesse cenário, tentar reacender a paixão pode despertar um novo senso de intimidade fora do quarto.
Um estudo publicado em “Social Psychological and Personality Science” descobriu que a motivação de um parceiro em atender às necessidades sexuais do outro influenciava positivamente o desejo sexual diário e contribuía para sustentá-lo.
Se você sentir que a conexão desapareceu de vez, pode ser um sinal de que o relacionamento chegou ao fim. Abordar o término com compaixão e compreensão pode ajudar a minimizar a dor e garantir que a dissolução não traumatize nenhum dos envolvidos.
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*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.