Assine
  • |BrandVoice
  • |Carreira
    • C-Suite
    • Leading the future
  • |Colunas
  • |Eventos
  • |Forbes Agro
    • Agroround
  • |Forbes Cast
  • |Forbes Collab
  • |Forbes Life
  • |Forbes Money
    • Forbes MKT
    • Bilionários
  • |Forbes Motors
  • |Forbes Mulher
    • Minha Jornada
    • Mulheres de sucesso
  • |Forbes Saúde
  • |Forb(ESG)
    • Schneider Electric Voice
  • |Forbes Store
  • |Forbes Tech
  • |Forbes WSB
  • |Geral
  • |Infomercial
  • |Listas
    • Agro100
      • Agro100 2023
      • Agro100 2022
    • Bilionários Brasileiros
      • 2023
      • 2022
      • 2021
    • Bilionários do mundo
      • BILIONÁRIOS DO MUNDO 2024
      • Bilionários do mundo 2023
      • Bilionários do mundo 2022
    • Forbes 50+
      • Forbes 50+ 2024
      • FORBES 50+ 2023
      • Forbes 50+ 2022
      • Forbes 50+ 2021
    • Heart Billions
    • Melhores CIOs do Brasil 2024
    • Mulheres de sucesso
    • Under 30
      • Under 30 2024
      • Under 30 2023
      • Under 30 2022
      • Under 30 2021
      • Under 30 2020
      • Under 30 2019
      • Under 30 2018
      • Under 30 2017
      • Under 30 2016
      • Under 30 2015
      • Under 30 2014
  • |Últimas notícias
  • |Under 30
    • Under 30 2024
    • Under 30 2023
    • Under 30 2022
    • Under 30 2021
    • Under 30 2020
    • Under 30 2019
    • Under 30 2018
    • Under 30 2017
    • Under 30 2016
    • Under 30 2015
    • Under 30 2014
  • |Anuncie na Forbes Brasil
  • |ASSINE
  • |Fale conosco
  • |Newsletter
  • |Sobre a Forbes
  • |Termos e condições
  • |Revista digital
    Seja um assinante

Início / Forbes Saúde / Cuidar da Saúde É Melhor Que Cuidar da Doença

Cuidar da Saúde É Melhor Que Cuidar da Doença

Para enfrentar os altos custos da saúde, é preciso haver racionalidade no uso do sistema

Claudio Lottenberg
14/05/2025 Atualizado há 7 horas
dowell/Getty Images
Getty Images
Tecnologias médicas avançadas elevam os custos e exigem manutenção constante

Acessibilidade

A saúde, hoje, é cara, e isso se deve a um conjunto de fatores que se inter-relacionam. Na base do problema está o envelhecimento da população, pois os idosos demandam atendimentos mais frequentes e complexos, além de um número maior de internações. Ao mesmo tempo, não podemos esquecer que a longevidade, na prática, representa um impacto significativo no total de pessoas que necessitam de cuidados médicos ao longo da vida, o que torna necessária a expansão da infraestrutura hospitalar, com a consequente multiplicação dos custos com profissionais e equipamentos. Novas terapias e medicamentos de última geração, avanços tecnológicos, formação médica e estilo de vida também entram nessa equação, cuja solução depende de progressos simultâneos em várias frentes.

Leia também

  • Coluna

    Amamentação É uma Forma de Proteção contra o Câncer de Mama

  • Forbes Saúde

    Como Transformar os Limões da Vida em Limonada

  • Coluna

    Emocionário É Ferramenta de Autocuidado

Estamos em uma fase de mudança cultural. Temos o hábito de pensar a saúde sob a ótica da doença, ou seja, estar saudável é, simplesmente, não estar doente. A maioria das pessoas não percebe que muitas enfermidades são resultado de anos de maus hábitos, como o sedentarismo e a má alimentação, entre outros. Doenças crônicas como obesidade, diabetes e hipertensão, antes típicas da idade avançada, já acometem os jovens. Isso sem mencionar as consequências do uso excessivo de telas, que, além de agravar diversas doenças oculares, pode estar associado ao aumento dos casos precoces de miopia. Precisamos ter consciência de que nosso estilo de vida impacta profundamente nossa saúde física e mental. Cuidar da saúde no dia a dia, além de ser um investimento pessoal, contribui para a sustentabilidade do sistema.

Por outro lado, vivemos um momento de grandes avanços na medicina, impulsionados pela pesquisa e pelo uso da tecnologia. Já existem medicamentos para doenças raras e ultrarraras, que podem melhorar a qualidade de vida do paciente e frear a progressão da doença, mas o preço de uma dose única pode chegar a R$ 15 milhões — valor que se explica, ao menos em parte, pelo fato de beneficiar um número muito reduzido de pessoas. As terapias gênicas, como a CAR-T, vêm revolucionando o tratamento de alguns tipos de câncer, o que é uma excelente notícia.

No Brasil, no entanto, o custo inicial de um tratamento personalizado desse tipo ultrapassa os R$ 2 milhões. Há esforços no país para reduzir esses custos, como as iniciativas da Fiocruz e do Instituto Nacional de Câncer, em parceria com o Ministério da Saúde e a organização americana Caring Cross, com o objetivo de desenvolver versões nacionais. Ainda assim, estima-se um custo em torno de R$ 200 mil. Tornar os tratamentos mais modernos acessíveis ainda é um grande desafio.

Novas tecnologias e equipamentos avançados — como máquinas de ressonância magnética ou robôs cirúrgicos —, que exigem manutenção especializada, naturalmente geram custos recorrentes elevados. Além disso, toda essa inovação exige profissionais atualizados, capazes de operar novas tecnologias e administrar tratamentos modernos. Surge, então, a questão da formação médica, que tem sido uma preocupação no setor de saúde no Brasil.

Hoje, embora haja um grande número de médicos formados no país, isso infelizmente não significa que todos estejam qualificados para os desafios impostos pelos avanços da medicina. Profissionais mal preparados tendem, por insegurança, a praticar uma espécie de “medicina defensiva”, caracterizada por uma quantidade excessiva de exames solicitados em substituição a uma avaliação clínica minuciosa e a uma boa anamnese.

Exames desnecessários, quando se tornam rotina, também comprometem a saúde financeira do sistema. Em São Paulo, mais de 60% dos testes laboratoriais realizados poderiam ter seus resultados previstos por meio de uma boa avaliação clínica.

O profissional de hoje precisa estar preparado para as realidades que enfrentará. Além de investir na própria formação, fazendo residência médica, deve estar consciente dos custos do sistema e atuar como agente na contenção do desperdício. Diagnósticos mais precisos, sem solicitações excessivas de testes, ajudam a economizar recursos que podem ser destinados a áreas mais necessitadas. Ferramentas de inteligência artificial já auxiliam significativamente os médicos, mas ainda enfrentam resistência por parte de muitos profissionais. Sistemas de big data analisam em instantes grandes volumes de informações, identificando padrões e otimizando resultados.

A implantação do prontuário digital do paciente também seria de grande valor, permitindo o compartilhamento de dados e evitando a repetição de exames já realizados. Existem plataformas capazes de identificar solicitações excessivas ou pouco úteis ao diagnóstico.

É fato também que os médicos precisam atender às suas necessidades de remuneração — o que é legítimo. Essa realidade muitas vezes os leva a maximizar o número de atendimentos, prática incentivada pelos convênios, que pagam por volume de pacientes. Como sabemos, quantidade não significa qualidade. Na prática, o profissional, pressionado a atender em escala, acaba realizando uma consulta breve, seguida de uma longa lista de exames — prática que também o protege de possíveis ações judiciais. Essa cultura precisa mudar.

É possível adotar modelos de remuneração baseados em desempenho, que incluam iniciativas para reduzir custos e evitar o excesso de exames. Um exemplo é o modelo de remuneração baseado em valor, no qual são incentivadas práticas mais eficientes, que priorizam a qualidade do atendimento. Nesse sistema, os médicos podem receber bonificações ao atingirem metas relacionadas à redução de custos, ao uso eficiente de recursos e à melhoria dos desfechos clínicos. Em suma, o médico se torna um gestor da saúde do paciente, estabelecendo com ele uma relação de maior qualidade. As operadoras de saúde precisam deixar de contratar prestadores de serviço para tratar doenças e passar a contratá-los para cuidar da saúde.

O investimento em tecnologia também é necessário na gestão dos sistemas de saúde, tornando-os mais eficientes e menos suscetíveis a fraudes, problema que tem comprometido os orçamentos das operadoras. Nessa cruzada contra o desperdício, o paciente também pode colaborar: não é necessário — nem recomendável — procurar o pronto-socorro, um serviço caro, para casos simples, que poderiam ser resolvidos na atenção primária ou via telemedicina.

Para enfrentar os altos custos do sistema, é preciso haver racionalidade em seu uso, a começar pela prevenção de doenças evitáveis, que sobrecarregam o sistema de maneira desnecessária, e pela contenção do desperdício. Com o apoio da tecnologia, médicos, pacientes e gestores podem — e devem — fazer a sua parte.

Claudio Lottenberg é mestre e doutor em oftalmologia pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp). É presidente do conselho do Hospital Albert Einstein e do Instituto Coalizão Saúde.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

Escolhas do editor

  • Escolhas do editor

    O Que Significa Ser Rico no Japão

  • Foto de Mark Zuckerberg durante o Meta Connect 2024
    Escolhas do editor

    5 Vezes em Que Mark Zuckerberg Mudou a Regra do Jogo e Afetou o Mercado Publicitário

  • Escolhas do editor

    Como Resorts de Luxo na Suíça Estão Transformando Viajantes em Investidores Imobiliários

Siga o canal da Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias de empreendedorismo, carreira, tecnologia, agro e lifestyle.

Tópicos

  • medicina
  • Tecnologia

As mais lidas agora

  • Leão XIV ao ser nomeado pelo papa Francisco: sem prestígio nas casas de apostas
    Forbes Money

    Surpresa e Lucros no Conclave: Apostadores Ganham Muito com Novo Papa

  • Escolhas do editor

    As 50 Melhores Praias do Mundo em 2025

  • Escolhas do editor

    Leão XIV: Quem É o Novo Papa Escolhido Pelo Conclave

  • gado monitorado por IA
    Forbes Agro

    Com IA e Rastreamento em Tempo Real, Startup Quer Reinventar o Manejo de Gado no Brasil

Últimas Notícias

  • ibovespa

    Ibovespa Cai, Após Quebrar Recorde na Terça; Dólar Avança

  • O logotipo da estatal brasileira de petróleo Petrobras é retratado em seu prédio no Rio de Janeiro

    Petrobras Não Deve Reduzir Investimentos no Próximo Plano, Diz Diretora

  • Divulgação/CVC

    CVC Deve Desacelerar Abertura de Lojas em 2025, Mas Seguirá Acima da Média

  • Carros elétricos I-Pace, da Jaguar, em centro da Waymo nos EUA

    Waymo Faz Recall de 1.200 Carros Autônomos nos EUA após Colisões

  • Copa do Mundo Feminina no Brasil reunirá 32 seleções de todo o planeta fifa

    Fifa Pretende Obter Receita de US$ 1 Bilhão com Copa do Mundo Feminina no Brasil

  • Cortes de empregos ao longo dos próximos dois anos na Burberry afetarão principalmente cargos administrativos

    Ações da Burberry Disparam 18% após Anúncio de Corte de 1.700 Empregos

Conteúdo publicitário

Membros Forbes Brasil
Faça seu login e leia a edição digital diretamente em seu dispositivo. Apenas para assinantes.
Seja um assinante→

Capa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista ForbesCapa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes
Capa da edição impressa da revista Forbes

Seja um assinante →
logo Forbes
   — @forbesbr
  — @forbesbr
  — @forbesbr
  — yt/forbesbr
  — forbes brasil
Forbes Br.
+ Sobre nós
+ Forbes Store
+ Revista digital
+ Anuncie
+ Contato
Links úteis
+ Política de Privacidade
+ Newsletter
logo Terra
Cotações por TradingView

© Forbes 2025. Todos os direitos reservados.