A China elevou tarifas em até 25% sobre 128 produtos dos Estados Unidos, de carne suína congelada e vinho a certas frutas e nozes, ampliando a disputa entre as duas maiores economias do mundo em resposta à tarifas norte-americanas sobre as importações de aço e alumínio.
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As taxas, que entrarão em vigor hoje (02), foram anunciadas pelo Ministério das Finanças da China e correspondem a uma lista de tarifas potenciais sobre até US$ 3 bilhões em produtos dos EUA publicada pela China em 23 de março.
Pouco depois do anúncio, um editorial no tabloide chinês Global Times alertou que se os EUA imaginavam que a China não retaliaria ou adotaria medidas apenas simbólicas, pode agora “dizer adeus a essa ilusão”.
“Embora a China e os EUA não tenham dito publicamente que estão em uma guerra comercial, as faíscas de tal guerra já começaram a voar”, disse o editorial.
O Ministério do Comércio da China afirmou que estava suspendendo suas obrigações com a Organização Mundial do Comércio (OMC) de reduzir tarifas sobre 120 produtos dos EUA, incluindo frutas e etanol. As tarifas sobre esses produtos serão elevadas em mais 15%.
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Oito outros produtos, incluindo carne suína e resíduos de alumínio, estarão sujeitos agora a tarifas adicionais de 25%, completou, com as medidas entrando em vigor a partir de 2 de abril.
“A suspensão pela China de suas concessões tarifárias é uma ação legítima adotada sobre as regras da OMC para proteger os interesses da China”, disse o Ministério das Finanças chinês.
A China está agindo rapidamente com medidas retaliatórias em meio ao aumento das tensões comerciais entre Pequim e Washington, o que afetou os mercados financeiros globais na última semana com os investidores temendo uma disputa comercial em larga escala entre os dois países.
O presidente dos EUA, Donald Trump, está separadamente preparando tarifas de mais de US$ 50 bilhões sobre produtos chineses com a intenção de punir Pequim diante das acusações dos EUA de que a China se apropriou incorretamente de propriedade intelectual norte-americana, alegações que Pequim nega.