A WPP, maior empresa de publicidade do mundo, entrou hoje (16) em nova fase, sem seu fundador Martin Sorrell, em um momento de mudanças no segmento.
LEIA MAIS: Google retoma 1º lugar entre as marcas mais valiosas do mundo, segundo WPP
As ações da empresa caíram mais de 6% após Sorrell sair da empresa no sábado (14), depois que o conselho de administração investigou uma acusação de má conduta.
A partida repentina do executivo, a cara da empresa desde sua fundação em 1985, despertou dúvidas sobre a capacidade do grupo em manter sua atual forma com 200 mil pessoas em mais de 400 agências em 112 países. A saída também criou receios de que, sem os contatos de Sorrell, a empresa poderia perder clientes e talentos enquanto busca um novo presidente-executivo.
“A saída de Sorrell é negativa considerando o quanto ele contribuiu para a criação dos ativos que a WPP tem hoje”, disse o analista da Pivotal Research Brian Wieser.
A WPP disse que o presidente do conselho, Roberto Quarta, assumirá como presidente-executivo do conselho, enquanto o chefe da área digital, Mark Read, e o vice-presidente operacional da WPP Europa, Andrew Scott, que supervisionou aquisições, assumem em conjunto como vice-presidentes operacionais.
Eles herdam uma tarefa difícil, após a WPP reportar em março seu resultado mais fraco desde a crise financeira, uma vez que grupos de bens de consumo, como Unilever e P&G, cortaram gastos, além da perda de outros contratos.
O segmento também está enfrentando Google e Facebook, que dominam o mercado de anúncios online, enquanto consultorias como Accenture avançam agressivamente no setor.