A Gol informou hoje (9) que registrou lucro líquido depois da participação minoritária de R$ 147,5 milhões, baixa de 9,3% na comparação anual, enquanto teve a maior margem operacional para o período de janeiro a março em 12 anos.
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Antes da participação de minoritários, o lucro líquido da Gol somou R$ 220,8 milhões no primeiro trimestre, queda de 6% ante o ano anterior.
O resultado operacional, medido pelo lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou R$ 504,3 milhões no período, alta de 97,4% em relação a igual período do ano passado, crescendo pelo sétimo trimestre seguido.
A margem Ebit avançou 7,1%, para 17%, marcando a maior margem operacional para um primeiro trimestre desde 2006.
Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, a empresa estava cerca de 25% coberta à exposição ao preço do petróleo no primeiro trimestre.
“Nossas atividades de hedge combinadas com nossas técnicas de gerenciamento de capacidade e de receita nos permitiram melhorar nossas margens”, disse Lark em vídeo gravado para comentar os resultados da empresa.
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A receita líquida da empresa somou R$ 3 bilhões de janeiro a março, alta de 14,4% ante o ano anterior. Já os custos e despesas operacionais no período aumentaram 5,3%, para R$ 2,46 bilhões. Apenas o custo com combustível de aviação somou R$ 884,2 milhões, alta de 20,2%.
Para o segundo semestre, a empresa vê preços e reservas fortes, com altas taxas de ocupação.
“Com o PIB brasileiro mostrando crescimento, aliado a baixas taxas de juros e baixa inflação, esperamos um bom ambiente de demanda para o segundo semestre de 2018”, disse o diretor presidente da Gol, Paulo Kakinoff, em vídeo gravado para comentar os resultados.
NOVAS PROJEÇÕES
A Gol também revisou suas projeções para este ano, estimando agora crescimento da oferta total entre 1% e 2%, ante estimativa anterior de avanço entre 1% e 3%. Para 2019, a estimativa é de expansão de 5% a 10%.
Nos caso da oferta de voos domésticos este ano, a Gol também reduziu a projeção em 1%, para faixa de estabilidade a crescimento de 2%, ante estimativa anterior de 0% a 3% de alta. Em 2019, a empresa vê aumento de 1% a 3%.
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A estimativa para o crescimento da oferta de voos internacionais em 2018 passou para uma faixa entre 6% e 8%, abaixo da estimativa anterior, de crescimento entre 7% e 10%. Em 2019, a empresa vê expansão de 30% a 40% nesta linha.
A taxa de ocupação este ano deve ficar entre 79% e 80%, mesma projeção anterior, e com pouca alteração prevista para 2019, quando deve ser de 79% a 81%.
“A expansão mais relevante do nosso ASK [oferta] é do mercado internacional, onde vemos mais oportunidades de crescimento”, disse Kakinoff.
A empresa diminuiu a projeção para a frota total média este ano em uma aeronave, para 117 aviões ante estimativa anterior de 118 unidades.
A estimativa do lucro por ação da empresa para este ano caiu de R$ 1,20 a R$ 1,40 para a faixa entre R$ 0,90 e R$ 1,10. Para 2019, a projeção é de lucro por ação entre R$ 1,70 e R$ 2,30.
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Segundo Kakinoff, a redução na estimativa do lucro por ação em 2018 reflete a recente depreciação do real.
A projeção para margem operacional (Ebit) foi mantida em cerca de 11% em 2018. Para o próximo ano, a estimativa é de cerca de 13%.
A empresa aérea reduziu sua estimativa para a alavancagem em 2018 medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda para 2,8 vezes, ante projeção anterior de 3 vezes. Para 2019, a empresa prevê a métrica em 2,5 vezes.
A Gol estima agora investir R$ 700 milhões em 2018, acima da projeção anterior, de R$ 600 milhões. Em 2019, a Gol espera investimento da ordem de R$ 600 milhões.