A Marfrig reduziu o prejuízo no primeiro trimestre, uma vez que melhores resultados operacionais e os efeitos da alta do dólar sobre receitas internacionais compensaram parcialmente o peso das despesas financeiras.
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A Marfrig, que em abril anunciou a compra de 51% da National Beef por US$ 969 milhões, teve prejuízo líquido de R$ 206 milhões no período, ante prejuízo de R$ 233 milhões no mesmo período de 2017.
O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado combinado somou R$ 352 milhões entre janeiro e março, avanço de 5% ante um ano antes. O Ebitda da divisão Beef somou R$ 191 milhões, alta anual de 30%.
A empresa, que com a compra da National Beef, tornou-se a segunda maior produtora de carne bovina do mundo, teve receita líquida combinada de R$ 5,1 bilhões, alta de 24% sobre um ano antes. O volume exportado de carne in natura foi 67% superior.
Segundo a Marfrig, os preços de carne bovina e seus subprodutos apresentaram redução no Brasil, levando à contração de margens, enquanto no mercado externo a estabilidade dos preços em dólares e a depreciação do real resultaram em melhor rentabilidade.
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No fim de março, a dívida líquida da Marfrig era de R$ 6,33 bilhões, equivalente a 3,67 vezes o Ebitda. O número pro-forma sobe para R$ 12,56 bilhões, considerando a compra da National Beef, em abril.