O Uber desativou um sistema de freios de emergência no veículo de direção autônoma que matou uma mulher no Arizona em março, após não ter identificado a pedestre, informou a Comissão Nacional de Segurança no Transporte dos EUA (NTSB, na sigla em inglês) em um relatório preliminar divulgado hoje (24).
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O documento informa que os sistemas de radar modificados do Volvo 2017 detectaram a pedestre seis segundos antes do impacto, mas “o software do sistema de direção autônoma classificou-a como um objeto desconhecido, como um veículo e, em seguida, como uma bicicleta”.
Conforme o relatório, 1,3 segundo antes do impacto, o sistema de direção automática determinou que a frenagem de emergência era necessária.
Mas o Uber disse que as manobras de frenagem de emergência não foram ativadas enquanto o veículo estava sob controle do computador, a fim de reduzir o potencial de erro de comportamento do veículo.
O Volvo XC90 é normalmente equipado com sistemas automáticos de trava de emergência desenvolvidos para evitar colisões frontais.
O Uber, que voluntariamente suspendeu os testes depois do acidente na cidade de Tempe – a primeira morte envolvendo um veículo totalmente autônomo -, disse ontem (23) que encerraria seu programa de provas de direção autônoma no Arizona e se concentraria em testes limitados em Pittsburgh e duas cidades na Califórnia.
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Em março, o governador do Arizona suspendeu a permissão do Uber para os testes, citando preocupações com a segurança.
A empresa não comentou diretamente as descobertas do NTSB, mas recentemente nomeou um ex-presidente da Comissão, Christopher Hart, como conselheiro sobre a cultura de segurança do Uber.
“Conforme a investigação continua, nós iniciamos nossa própria revisão de segurança do nosso programa de veículos autônomos”, disse a empresa hoje, acrescentando que planeja anunciar mudanças nas próximas semanas.
Todos os aspectos do sistema de autodireção estavam operando normalmente no momento do acidente, e não havia falhas ou mensagens de diagnóstico, disse a NTSB.