A Apple informou ontem (14) que vai mudar configurações do iPhone para reduzir as maneiras mais comuns de execução de invasão de dispositivos por meio da lei.
LEIA MAIS: Apple promete revolucionar a forma de alugar filmes
A empresa disse que a medida tem como objetivo proteger os clientes, especialmente em países onde os telefones são facilmente obtidos pela polícia ou por criminosos com recursos extensivos, e evitar a disseminação da técnica de ataque.
A porta-bandeira de privacidade da indústria de tecnologia disse que mudará as configurações padrão no sistema operacional do iPhone para cortar a comunicação através da porta USB quando o telefone não tiver sido desbloqueado na última hora.
Essa porta é como as máquinas fabricadas pelas empresas forenses GrayShift, Cellebrite e outras se conectam e contornam as provisões de segurança que limitam quantas tentativas de senha podem ser feitas antes que o dispositivo as congele ou apague os dados. Agora eles não poderão executar o código nos dispositivos depois de uma hora.
Representantes da Apple disseram que a mudança nas configurações protegerá os clientes em países onde a polícia apreende e tenta invadir os telefones com menos restrições legais do que sob a lei dos EUA. Eles também disseram que criminosos, espiões e pessoas com más intenções costumam usar as mesmas técnicas. Mesmo alguns dos métodos mais valorizados pelas agências de inteligência vazaram na internet.
“Estamos constantemente fortalecendo as proteções de segurança em todos os produtos da Apple para ajudar os clientes a se defenderem contra hackers, ladrões de identidade e intrusos em busca de seus dados pessoais”, disse a Apple. “Temos o maior respeito pela aplicação da lei e não projetamos nossas melhorias de segurança para frustrar seus esforços.”