Maior empresa de transporte compartilhado da China, a Didi Chuxing disse hoje (13) que seus motoristas somente poderão pegar passageiros do mesmo sexo na madrugada e no fim da noite, em um esforço para recuperar a confiança após o assassinato de uma passageira no início deste ano.
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Depois do crime, que foi noticiado e discutido amplamente nas redes sociais, a Didi limitou as horas de serviço de compartilhamento de automóveis das 6h às 22h, e tomou outras medidas. Com a nova política entrando em vigor em 15 de junho, a empresa decidiu ampliar o horário de atendimento das 5h às 24h.
Porém, entre 5h e 6h e 22h e 24h, os motoristas do serviço de transporte só poderão pegar passageiros do mesmo sexo, disse a Didi no comunicado.
Os movimentos seguem o assassinato, em maio, de uma comissária de bordo de 21 anos que ia de um hotel do aeroporto para o centro de Zhengzhou, supostamente pelo motorista do Didi que contornou os controles de segurança do aplicativo.
Como parte das novas medidas, a companhia disse que planeja testar o “modo escolta” em um programa piloto de pequena escala a partir de 22 de junho. Com o recurso aberto no aplicativo, os passageiros podem compartilhar suas rotas e destinos com seus contatos de emergência.
A empresa de compartilhamento de corridas pediu desculpas pela morte da passageira. A Didi disse, na época, que seu mecanismo de reconhecimento facial estava com defeito e não conseguiu verificar o motorista que supostamente matou a passageira.
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O suspeito do sexo masculino usou uma conta de motorista que pertencia a seu pai, contrariando a política da empresa, disse a Didi na ocasião.
A Didi Chuxing – que está avaliada em US$ 50 bilhões e tem o SoftBank Group como grande investidor – está expandindo fortemente no exterior, visando novos mercados no México, Brasil e Austrália, onde vai concorrer diretamente com o Uber.