O Facebook rejeitou alegações do “New York Times” de que permitiu acesso profundo da Apple e de outros fabricantes de dispositivos a dados pessoais de usuários, dizendo que tais informações são rigidamente controladas e amplamente sujeitas a consentimento dos usuários.
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O software mencionado pelo “New York Times” foi lançado há 10 anos e foi adotado por cerca de 60 empresas, incluindo Amazon, Apple, Blackberry, HTC, Microsoft e Samsung, escreveu ontem (3) em um post o vice-presidente de parcerias de produtos do Facebook, Ime Archibong.
O “Times” afirmou que o Facebook permitiu que as empresas acessassem os dados de amigos dos usuários sem consentimento explícito, mesmo depois de declarar que deixaria de compartilhar tais informações com pessoas de fora.
Segundo o jornal, alguns fabricantes de dispositivos podem recuperar informações pessoais mesmo de amigos de usuários que acreditavam ter impedido qualquer compartilhamento.
“Ao contrário do que afirma o ‘New York Times’, informações de amigos, como fotos, só eram acessíveis em dispositivos quando as pessoas tomavam a decisão de compartilhar suas informações com esses amigos”, disse Ime Archibong.
O Facebook tem estado sob escrutínio de reguladores e acionistas após os dados de cerca de 87 milhões de usuários terem sido compartilhados com a agora falida empresa de dados políticos Cambridge Analítica.
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O escândalo de dados foi relatado pela primeira vez em março pelos jornais “New York Times” e pelo “Observe”, de Londres.
Archibong também disse que esses casos são “muito diferentes” do uso de dados por terceiros, como na questão da Cambridge.