O dólar terminou em forte queda e na casa de R$ 3,76 hoje (8), com os investidores confiantes na vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno das eleições à Presidência, dia 28, após o candidato ter tido votação expressiva ontem (7) e ainda garantido a segunda maior bancada na Câmara dos Deputados.
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O dólar recuou 2,35%, a R$ 3,7662 na venda, menor patamar desde os R$ 3,7658 de 8 de agosto. Foi a maior queda percentual desde o recuo de 5,59% de 8 de junho passado.
Na mínima, a moeda chegou a tocar os R$ 3,7094. O dólar futuro tinha queda de cerca de 2%.
“O desempenho de Bolsonaro no primeiro turno o mantém como favorito na disputa, seja pela votação recebida – muito próxima dos 50% – seja pelo quadro das disputas nos Estados ou ainda pela equiparação de armas na campanha de segundo turno”, escreveu a corretora XP investimentos.
Com 99,99% das seções eleitorais apuradas, Bolsonaro recebeu 46,03% dos votos válidos enquanto o petista Fernando Haddad, que vai disputar com ele o segundo turno, ficou com 29,28% do total.
Além disso, Bolsonaro também impulsionou a performance de seu partido, que ficou com 52 cadeiras na Câmara, a segunda maior, atrás do PT, e com 4 no Senado – antes, o PSL não tinha nenhum senador.
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“Parte da animação do mercado advém na renovação do Congresso. Essa renovação, independentemente da sigla partidária, dá esperança ao povo”, disse o diretor de operações da Mirae, Pablo Syper, para quem, no entanto, a volatilidade deve continuar alta até o desfecho das eleições, com as pesquisas ainda ditando o humor do mercado.
A preferência do mercado financeiro por Bolsonaro é apoiada no seu coordenador econômico, o economista liberal Paulo Guedes. Em entrevista à rádio Jovem Pan nesta manhã, o candidato disse que a ideia é que ambos andem juntos.
“Se Bolsonaro vencer, a série de surpresas de hoje poderia tornar mais fácil do que o esperado a tarefa de formar maioria no Senado e na Câmara para aprovar reformas”, escreveram os economistas do UBS Tony Volpon e Fabio Ramos.
Mesmo com o otimismo dos investidores com o desfecho do primeiro turno das eleições, a expectativa de analistas consultados pela Reuters é de que um fluxo de recursos mais firme e consolidado só voltará após o segundo turno e com a indicação de que reformas serão, de fato, efetuadas.
Com a eleição no radar, o mercado doméstico operou o dia todo na contramão do exterior, onde o dólar subia ante a cesta de moedas e ante as divisas de países emergentes.
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O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 2,310 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.