O dólar registrava pequenas oscilações ante o real hoje (24), de olho na movimentação das moedas emergentes no mercado internacional e à espera do segundo turno das eleições presidenciais, no domingo (28).
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Às 10:23, o dólar recuava 0,23%, a R$ 3,6885 na venda, depois de terminar a véspera em alta de 0,27%, a R$ 3,6970. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,10%.
“O dólar deve passar os próximos dias de lado, entre R$ 3,65-3,70, esperando o resultado das eleições, domingo”, avaliou a estrategista de câmbio do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, para quem a pesquisa Ibope da véspera, apesar de reduzir um pouco a distância entre o líder e Fernando Haddad (PT), ainda mostra grande vantagem, com difícil reversão para o PT.
O levantamento mostrou que Bolsonaro está com 57% dos votos válidos, contra 43% do adversário, de 59% a 41% na pesquisa anterior.
Além disso, a rejeição ao capitão da reserva subiu para 40%, de 35%, enquanto em relação a Haddad caiu a 41%, de 47 %, o que ajudou a puxar uma tímida correção no início do dia.
“Se realmente for confirmada a vitória de Bolsonaro, que é o cenário mais provável, pode ter um rali na segunda-feira e depois… volta à vida normal”, acrescentou Fernanda.
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De todo o modo, os investidores monitoram o noticiário político, sobretudo em busca de informações “positivas” sobre o provável novo governo, no que diz respeito, principalmente, ao ajuste fiscal.
Na véspera, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que Bolsonaro, uma vez eleito, pretende definir os nomes de seus ministros e presidentes de estatais em até 30 dias pós-eleição. Além disso, afirmou que não está descartada a manutenção de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central.
Enquanto isso, os investidores também acompanham a movimentação externa, em dia de comportamento misto das divisas de países emergentes. O dólar subia ante o rand sul-africano, mas caía ante o rublo e a lira turca.
No pano de fundo externo, preocupações com o acordo do Reino Unido para deixar a União Europeia, crescimento econômico global, sobretudo da China, tensões comerciais e o isolamento da Arábia Saudita após a morte do jornalista Jamal Khashoggi.
Além disso, com a divulgação de vários indicadores norte-americanos, o dia pode ser pautado pela volatilidade.
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O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de US$ 8,027 bilhões.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
Profissionais ouvidos pela Reuters informaram que o recuo recente do dólar abriu espaço para uma discussão sobre a redução do estoque de swap, mas avaliam que a autoridade monetária pode esperar um cenário mais claro pós-eleição para se decidir.