O dólar caía levemente ante o real hoje (18), de olho em notícias ligadas à disputa comercial entre Estados Unidos e China, e aguardando anúncio de medidas econômicas no cenário doméstico.
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Às 10:27, a moeda norte-americana recuava 0,23%, a R$ 3,7529 na venda. Na quarta-feira, o dólar terminou com queda de 0,25%, a R$ 3,7617. Neste pregão, o dólar futuro perdia cerca de 0,3%.
Na ausência de notícias ligadas às reformas, no dia em que o Congresso inicia seu recesso, investidores voltam-se para o exterior, onde, embora a agenda também esteja tranquila, há cautela em torno da questão EUA-China.
Autoridades dos Estados Unidos e da China vão se falar por telefone nesta quinta-feira e a conversa poderá abrir caminho para mais negociações presenciais, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, à “CNBC”.
No entanto, segundo reportou o “Wall Street Journal”, os dois governos estão mais uma vez em um impasse enquanto o governo norte-americano avalia quais permissões de negócios dará à companhia chinesa Huawei.
A notícia reforça a percepção de que um acordo comercial que possa resolver a questão, que segue pressionando economias ao redor do mundo, está longe de ser resolvido.
Além disso, o Federal Reserve permanece no radar de investidores, mais notadamente declarações de autoridades que possam dar indícios sobre a decisão de política monetária que o banco central norte-americano tomará no fim do mês.
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De acordo com o operador de câmbio da Advanced Corretora Alessandro Faganello, o mercado ainda está dividido quanto à redução da taxa que deverá ocorrer no fim do mês, com alguns apostando em corte de 0,25 ponto percentual e outros em corte de 0,5 ponto percentual.
Internamente, o mercado se atenta nesta quinta-feira ao possível anúncio de medidas para a economia, como a nova liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), no dia em que o governo Jair Bolsonaro completa 200 dias.
“Tem essas medidas para serem anunciadas, mas também acho que não serão muito satisfatórias. Não deve ter o impacto inicial que o pessoal estava imaginando, ainda é uma medida de estímulo de segunda linha”, disse Faganello, acrescentando que o mercado espera medidas mais duras, como as privatizações.
Segundo ele, se as medidas anunciadas forem em linha com o que vinha sendo aventado pela equipe econômica e divulgado pela imprensa, não deve haver impacto no câmbio.
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