A Nissan revelou seu maior plano de reestruturação em uma década, cortando quase um décimo de sua força de trabalho e sinalizando possíveis fechamentos de fábricas para controlar os custos, que incharam quando Carlos Ghosn foi presidente-executivo.
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Os cortes anunciados hoje (25) seguiram o colapso do lucro trimestral da Nissan, destacando como uma crise – provocada por vendas fracas e custos crescentes – está se aprofundando na segunda maior montadora do Japão, após um escândalo de má conduta financeira de Ghosn. Ele negou as acusações.
A Nissan reduzirá pelo menos 12.500 posições globalmente até março de 2023 – seus cortes de empregos mais profundos desde 2009 – e reduzirá a capacidade de produção, principalmente de carros compactos em usinas subutilizadas no exterior. A medida vai reduzir sua linha de produtos em cerca de 10%, disse o presidente-executivo, Hiroto Saikawa.
“Estamos focando principalmente em locais onde fizemos investimentos para produzir carros compactos sob o plano Power 88”, disse Saikawa a repórteres em uma reunião na sede da Nissan, referindo-se a uma agressiva estratégia de crescimento liderada por Ghosn em 2011 para conquistar 8% do mercado mundial e uma margem operacional de 8%.
Saikawa disse que um total de 14 instalações seriam afetadas.
Aproximadamente metade dos cortes de empregos anunciados até agora custaram à empresa cerca de 40 bilhões de ienes, e outras demissões podem custar aproximadamente o mesmo, disse o vice-presidente financeiro, Hiroshi Karube.
O lucro operacional da Nissan no primeiro trimestre afundou 98,5%, para 1,6 bilhão de ienes (US$ 14,8 milhões), sua pior performance desde um prejuízo no trimestre encerrado em março de 2008.
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