O dólar operava em queda ante o real hoje (12), em dia majoritariamente positivo nos mercados externos, na esteira de notícias positivas sobre as relações comerciais entre Estados Unidos e China e anúncio de estímulos pelo Banco Central Europeu (BCE).
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Às 12:13, a moeda norte-americana recuava 0,19%, a R$ 4,0568 na venda. Na mínima da sessão, o dólar chegou a tocar R$ 4,0273, menor nível desde 22 de agosto. Na B3, o dólar futuro recuava 0,45%, a R$ 4,0550.
Para Jefferson Laatus, sócio fundador do Grupo Laatus, a moeda brasileira se beneficiava de um clima mais otimista presente nos mercados externos, após notícia sobre o adiamento de tarifas dos EUA sobre produtos chineses.
“A guerra comercial tem sido o pilar de maior incerteza nos mercados e qualquer notícia boa sobre o assunto reflete em mais otimismo. A sinalização positiva antes das reuniões presenciais aumenta as expectativas de um acordo.”
Também compactuando para o cenário mais positivo, nesta quinta-feira o BCE cortou sua taxa de depósito em 10 pontos-base, para uma mínima recorde de -0,5%; prometeu que as taxas permaneceriam baixas por mais tempo e disse que reiniciaria as compras de títulos a um ritmo de € 20 bilhões por mês a partir de 1º de novembro.
O dólar perdia contra grande parte de suas divisas, com as moedas emergentes pares do real, como lira turca e rand sul-africano, se valorizando em 1,4% e 0,42% contra o dólar, respectivamente. O iene, considerado um ativo seguro, estendia suas perdas pelo segundo dia, indicando maior apetite por risco nos mercados.
As atenções agora se voltam para a reunião de política monetária do Federal Reserve em 17 e 18 de setembro, com os juros futuros dos EUA indicando que operadores vendo mais de 90% de chance de o Fed cortar juros em 0,25 ponto percentual na próxima reunião, de acordo com a ferramenta Fedwatch do CME Group.
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O mercado também vai monitorar a partir de agora a reunião do Copom, que divulga sua decisão de política monetária no mesmo dia que o Fed.
Na cena doméstica, o BC vendeu US$ 300 milhões dos US$ milhões em moeda física nesta quinta-feira e negociou ainda 6 mil contratos de swap cambial reverso dos 11.600 ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar.
Adicionalmente, a autarquia vendeu 5.600 contratos de swap cambial tradicional, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de novembro.
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