O dólar encerrou em alta contra o real hoje (23), maior nível de fechamento desde o início de setembro, com agentes do mercado monitorando os desdobramentos das negociações comerciais entre Estados Unidos e China.
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O dólar à vista teve alta de 0,42%, a R$ 4,1709 na venda. Na mínima da sessão, a moeda chegou a R$ 4,1451, enquanto na máxima tocou R$ 4,1853. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,51%, a R$ 4,1720.
“O cenário externo está pautando tudo. A não evolução das negociações comerciais e uma certa falta de fluxo estrangeiro ajudou o real a se descolar de seus pares”, afirmou Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe da consultoria independente de investimento Levante.
As moedas emergentes pares do real, como o rand sul-africano e o peso mexicano ganhavam contra o dólar, enquanto a moeda norte-americana subia frente a uma cesta de outras moedas.
Um acordo comercial entre EUA e China pareceu ter ficado mais distante na sexta-feira (20), depois de autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.
Para a equipe de análise da Correparti Corretora, a alta do dólar também se deve à “contínua saída de recursos do país em busca de rentabilidade maior em outros países, principalmente com os cortes e a indicação de mais cortes do Copom na taxa Selic”.
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Nesta segunda-feira, as instituições que mais acertam as previsões para o juro básico reduziram suas estimativas para a Selic ao fim de 2019 a 4,75%, ante 5,00% na semana anterior, conforme atualização da pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central, após o BC ter reduzido a taxa na semana passada e indicado corte adicional.
O BC divulgará na terça-feira (24) a ata do Copom, na qual detalhará os motivos que levaram ao corte do juro e à indicação de mais afrouxamento monetário.
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