O dólar operava nas máximas em duas semanas ante o real hoje (19), um dia depois de o Banco Central cortar a Selic para uma nova mínima histórica e sinalizar nova redução nos juros, o que gerou alguma surpresa no mercado.
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Às 11:43, a moeda norte-americana avançava 0,83%, a R$ 4,1368 na venda. Na máxima, foi a R$ 4,1450 na venda, máxima desde 4 de setembro. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 0,67%, a R$ 4,1415.
O Banco Central cortou na quarta-feira (18) a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, a 5,50% ao ano, dando sequência ao ciclo de afrouxamento monetário em meio à débil recuperação econômica, num processo que deve seguir adiante, segundo sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom).
“A queda da Selic e a previsão de outro corte na próxima reunião têm como consequência a queda também da rentabilidade da arbitragem de taxa de juros (‘carry trade’), o que afeta diretamente o mercado de câmbio”, afirmou Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora.
Silva também destaca a saída de fluxo financeiro dos mercados domésticos como fator de impulso do dólar contra o real. Segundo ele, investidores estariam redirecionando recursos para outros países emergentes, como o México.
Nesta sessão, o real liderava as perdas contra o dólar, com a moeda norte-americana em queda de 0,12% contra o peso mexicano e se desvalorizando também contra uma cesta de moedas.
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No acumulado de setembro até dia 13, o fluxo cambial financeiro estava negativo em US$ 1,8 bilhão, segundo o BC.
O BC vendeu todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda física nesta quinta-feira e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados – nos quais assume posição comprada em dólar.
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