O dólar tornou a cair hoje (23), para o menor nível em dois meses, com o mercado embalado pela aprovação da reforma da Previdência no Senado, num momento em que cresce a expectativa de ingressos de recursos decorrentes de leilões de petróleo.
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O dólar à vista caiu 1,05%, a R$ 4,0329 na venda, menor patamar para fechamento desde 21 de agosto (R$ 4,0314 na venda). Na mínima do dia, a cotação foi de R$ 4,0296.
O real teve o segundo melhor desempenho nos mercados globais de câmbio nesta sessão, atrás apenas da lira turca.
Com o recuo de mais de 1%, a moeda contabilizou a mais forte desvalorização acumulada em dois dias desde janeiro.
Após idas e vindas, o Senado concluiu nesta quarta-feira a votação em segundo turno da reforma da Previdência, que agora já pode ser promulgada após publicação. O foco agora se volta para outras ações, como a PEC paralela da reforma da Previdência para Estados e municípios e a reforma administrativa.
“Espero que, passada a reforma da Previdência, outros vetores da agenda econômica comecem a caminhar, ficando claro para o investidor – especialmente o estrangeiro – o caminho positivo que o Brasil está seguindo”, disse Dan Kawa, sócio da TAG Investimentos.
Além das reformas, analistas têm citado expectativas de ingressos de recursos dos leilões do pré-sal e privatizações como argumento para um cenário em que o dólar pelo menos se estabilize abaixo das máximas recentes na casa de R$ 4,16.
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“Vemos chance de US$ 17 bilhões em fluxo até o quarto trimestre”, disseram profissionais do Morgan Stanley em nota.
Na véspera, a divisa já havia recuado 1,33%, na maior queda percentual diária em quase sete semanas. Em dois dias, a depreciação acumulada é de 2,36%, a mais intensa para o período desde 4 de janeiro (-2,49%).
Na B3, onde os negócios com derivativos cambiais vão até as 18h, o contrato de dólar futuro de maior liquidez tinha queda de 1,3% por volta de 17h40, a R$ 4,0335.
Depois de na véspera ter deixado para trás sua média móvel linear de 50 dias, o dólar agora tem como forte suporte técnico a região da média móvel de 100 dias, em torno de R$ 3,97.
As vendas da moeda dos EUA foram alimentadas ainda pelo dia de fraqueza do dólar no exterior tanto contra divisas fortes quanto frente a emergentes.
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