As negociações envolvendo o café arábica no mercado brasileiro tiveram lentidão em outubro, reflexo da forte retração vendedora, em meio a preocupações quanto ao clima no país para a próxima safra, avaliou ontem (22) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
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Após a abertura das floradas em meados de setembro, muitos cafeicultores se mostraram apreensivos com as altas temperaturas e poucas chuvas registradas nas semanas seguintes, disse o centro de estudos da Esalq/USP em relatório.
“Nas regiões da Mogiana (SP), Zona da Mata (MG), Sul e Cerrado Mineiro, mais precipitações são essenciais para o pegamento das flores”, ressaltou a análise do Cepea.
As floradas determinarão o tamanho da próxima safra, que será a de alta do ciclo bianual do arábica no Brasil, maior produtor e exportador global.
“A continuidade das precipitações, entretanto, ainda é necessária para o bom desenvolvimento dos chumbinhos [de café].”
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Com produtores afastados do mercado, o volume total comercializado da safra 2019/2020 segue baixo em outubro, tendo pouca variação em relação ao mês anterior, disse o Cepea.
Na Zona da Mata, cerca de 50% a 65% dos grãos também já foram adquiridos, acrescentou o órgão, que apontou a comercialização entre 40% e 60% do total da safra 2019/2020 na Mogiana, Sul e Cerrado Mineiro.
Na área de café robusta, produtores também estão atentos ao clima. A maior parte das flores da safra 2020/2021 já teve o pegamento no Espírito Santo e em Rondônia e, agora, os cafezais estão em fase de desenvolvimento do chumbinho.
No Espírito Santo, segundo o Cepea, a quantidade de café da safra 2019/2020 vendida até o dia 18 deste mês segue entre 40% e 55% do total. Em Rondônia, entre 70% e 80% foi negociado.
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