O conselho da Renault votou hoje (11) a destituição do presidente-executivo, Thierry Bollore, enquanto a montadora francesa e a parceira japonesa Nissan buscam um novo começo após o mandato escandaloso do ex-supremo da aliança Carlos Ghosn.
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As relações entre a Renault, que nomeou sua vice-presidente financeira para assumir a presidência-executiva de forma temporária, e a Nissan, que escolheu um novo presidente-executivo na terça-feira (8), ficaram tensas desde a prisão de Ghosn em Tóquio no ano passado, por alegações de má conduta financeira, que ele nega.
Bollore, que por muito tempo era o braço direito de Ghosn, foi promovido para ajudar a estabilizar a Renault este ano, com Jean-Dominique Senard contratado da fabricante de pneus Michelin como presidente do conselho.
Mas o executivo mantinha um relacionamento desconfortável com a Nissan, segundo fontes familiarizadas com o assunto, e a Renault e o Estado francês, seu principal acionista, enfatizaram repetidamente seu desejo de reparar laços e reforçar a aliança.
“Estamos em um novo estágio agora para esta aliança. Às vezes você precisa de uma nova administração (…) para dar vida nova às coisas”, disse Senard em entrevista coletiva em Paris.
Ele disse que três membros do conselho de 18 pessoas se abstiveram na votação para remover Bollore, que teve sua demissão iminente em uma entrevista de jornal na noite anterior (10), chamando-a de golpe. A vice-presidente financeira, Clotilde Delbos, assumirá o cargo de Bollore em caráter provisório.
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As tensões entre a Nissan e a Renault ficaram ainda mais inflamadas este ano, inclusive durante várias disputas por reformas de governança, e após um acordo fracassado de associar a Renault à Fiat Chrysler, que retirou uma oferta de fusão.
Senard reiterou nesta sexta-feira que um vínculo com a Fiat, que foi abandonado em junho, não estava atualmente na agenda. Fontes disseram que as empresas procuraram maneiras de reavivar as discussões.
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