A Boeing está planejando um investimento de cerca de US$ 1 bilhão no desenvolvimento de um programa para redução de riscos como os enfrentados pelas tripulações dos dois aviões 737 MAX que caíram entre o 2018 e o início deste ano, matando centenas de pessoas, disseram fontes a par do assunto.
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A empresa está tentando reconstruir confiança e cooperação com companhias aéreas, passageiros e reguladores ao redor do mundo, depois que o 737 MAX teve voos suspensos este ano na esteira das quedas que mataram 346 pessoas.
Detalhes do programa “Global Aviation Safety” continuam sob sigilo por causa de atrasos no retorno do 737 MAX ao serviço.
A Boeing lançará o projeto de desenvolvimento de pilotos depois que os reguladores aprovarem as mudanças no software do 737 MAX e no treinamento de equipes e após a retomada dos voos do avião, disse uma das fontes. A empresa espera que isso ocorra nos Estados Unidos até o final deste ano.
O avião deve voltar a voar na Europa no primeiro trimestre de 2020, afirmou o presidente da agência europeia de segurança da aviação (Easa) nesta semana.
O orçamento do projeto de desenvolvimento de pilotos será adicional aos mais de US$ 8 bilhões em compensação para companhias aéreas que estão sofrendo atrasos na entrega do avião por causa da suspensão dos voos, disseram as fontes.
O presidente da Boeing, Dennis Muilenburg, foi acusado por parlamentares dos EUA na semana passada de colocar lucros antes de padrões de segurança, alegação que a Boeing nega.
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Muilenburg disse que a Boeing vai ajudar a “construir um fluxo de talentos” de pilotos e investir pesado na interface piloto-máquina para a próxima geração, mas deu poucos detalhes.
Um representante da Boeing não fez comentários.
Parte dos investimentos da Boeing vai incluir melhora da infraestrutura de aviação, como sistemas de tráfego e de simulação de voo, disse uma terceira fonte.
A empresa também está considerando se vai desenvolver novos materiais ou métodos de treinamento para vários estágios de carreira e financiar centros de treinamento ou esforços de recrutamento, disseram as fontes.
A Boeing também pode criar uma rede de compartilhamento de dados sobre design de aviões com reguladores globais, disse uma das fontes, em uma tentativa de melhorar o conhecimento externo de suas tecnologias e operações.
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