O dólar fechou em alta pelo terceiro dia consecutivo hoje (8), guiado pela instabilidade política causada por decisão do Supremo Tribunal Federal na véspera que culminou em determinação da Justiça Federal do Paraná de conceder a liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, notícia que dividiu atenções com novos desdobramentos do embate comercial entre EUA e China.
O dólar à vista subiu 1,83%, a R$ 4,1684 na venda, acumulando alta de 4,34% na semana, maior alta da moeda contra o real em mais de 14 meses, quando avançou 4,85% na semana encerrada no dia 24 de agosto de 2018. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,69% a R$ 4,1730.
Ainda em meio à repercussão dos decepcionantes leilões da cessão onerosa, esta sexta-feira foi também marcada pelo clima de instabilidade que veio na esteira de decisão do plenário do STF que derrubou a possibilidade de dar início a execução de pena de prisão após condenação em segunda instância, gerando a soltura do ex-presidente Lula.
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A confirmação veio já perto do fim da sessão, com a Justiça Federal do Paraná determinando a liberdade ao ex-presidente, o que levou a uma ampliação da alta do dólar contra o real.
A corretora H.Commcor apontou que a reação negativa do mercado se dá pelo “risco Lula”.”Deve-se expor primeiramente a potencial instabilidade política adicional que a esquerda (fortalecida) promete, tanto em atritos com a atual gestão (politicamente fraca) quanto em termos da disputa presidencial para 2022″, explicou em comunicado.
No exterior, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira a repórteres que não concordou em reverter as tarifas sobre a China, mas que Pequim gostaria que ele fizesse isso.
Com investidores mais cautelosos quanto ao cenário internacional, algumas divisas de risco também se desvalorizaram, como o peso mexicano e o dólar australiano.
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