O Ibovespa fechou em queda hoje (6), em sessão volátil, em que renovou recorde intradia, com Petrobras concentrando as atenções devido ao megaleilão de áreas para exploração de petróleo e gás no país.
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A temporada de balanços no Brasil também permaneceu no radar, com TIM entre as maiores altas após resultado trimestral acima do esperado e expectativa de custos menores à frente.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,33%, a 108.360,22 pontos. Na máxima, antes dos primeiros resultados do certame, chegou a 109.633,14 pontos. O volume financeiro somou R$ 20,4 bilhões.
A Petrobras arrematou dois blocos, incluindo o mais desejado e caro do leilão, Búzios, fazendo uma oferta de R$ 61,38 bilhões para ter 90% de participação – as chinesas CNODC e CNOOC ficaram com o restante, com 5% cada.
A estatal ainda levou sozinha Itapu, com bônus de R$ 1,77 bilhão pago à União pelo bloco. Os blocos Sépia e Atapu, na Bacia de Santos, não receberam ofertas.
As ações da petrolífera chegaram a subir mais de 3% no começo do pregão, mas perderam fôlego com as primeiras notícias do leilão, recuando mais de 5% no pior momento, diante de preocupações com a trajetória de endividamento da empresa.
A ausência de ofertas da companhia para os outros dois blocos e comentários do presidente-executivo da empresa, de que a Petrobras utilizará caixa para completar pagamento de bônus de leilão tiraram as ações das mínimas.
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Para o gestor de portfólio Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, a bolsa ficou “no zero a zero” na sessão, apesar do ruído gerado pelo leilão de petróleo.
Ele citou que a ausência de investidores estrangeiros decepcionou a expectativa de fluxo de dólares para o país, mas para a Petrobras pode ter sido um bom negócio no médio prazo.
Analistas do Itaú BBA também avaliaram que o resultado do megaleilão adicionou valor à Petrobras, embora eleve o endividamento da companhia, postergando assim os planos de elevação na taxa de remuneração a acionistas.
O governo, por sua vez, também considerou o resultado do leilão positivo, uma vez que pode contribuir para redução do déficit para até R$ 82 bilhões em 2019.
“Nada grave sob a ótica estrutural, nem para Petrobras nem para o governo. O baque inicial da bolsa foi a ausência do investidor estrangeiro”, afirmou o analista Raphael Figueredo, da Eleven Financial, em comentários a clientes.
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