A MRV teve lucro líquido de R$ 160 milhões no terceiro trimestre, queda de 8% com relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (12) a construtora de imóveis residenciais.
O resultado foi impactado com paralisação de repasses para imóveis do programa Minha Casa Minha Vida durante praticamente todo o trimestre, que fez a MRV ter uma queima de caixa de R$ 198 milhões, ante uma geração de R$ 241 milhões um ano antes.
A companhia apurou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 248 milhões, alta de 4,2% na base anual.
Analistas, em média, esperavam lucro líquido de R$ 184,6 milhões e Ebitda de R$ 257,5 milhões, segundo dados da Refinitiv.
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Segundo o balanço, com a paralisação nos repasses do MCMV, parte das vendas da empresa feitas no trimestre passado acabou não sendo registrada no período. Com isso, o número de unidades repassadas entre julho e setembro despencou 32,5%, para 7.266.
Além disso, a companhia voltou a citar maior rigor na concessão de crédito pelos bancos financiadores, o que forçou “uma flexibilização das condições comerciais” e contribuiu para a queda da margem bruta, de 33% para 29,5%.
A companhia também citou entre os impactos na margem bruta “um significativo aumento” no preço do aço e do concreto e afirmou que os novos patamares de custos de material serão mantidos. “Não esperamos um movimento de reversão nestes itens”, afirmou a MRV, sem detalhar valores.
Como forma de conter parte dos custos, a empresa afirmou no balanço que está substituindo mão-de-obra terceirizada por própria, que atingiu no terceiro trimestre 70% do pessoal, esperando conseguir com isso melhor qualificação dos funcionários e melhoria em produtividade.
A MRV informou ainda que vai pagar em 27 de novembro primeira parcela, no valor de R$ 163,95 milhões, de dividendo extraordinário aprovado em abril. Ao todo, a empresa afirma que vai pagar R$ 1,11 por ação em dividendos relativos a 2018, correspondendo a um yield de 7%.
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