O dólar oscilava próximo da estabilidade ante o real nesta primeira sessão de 2020, depois de registrar queda acentuada no último pregão do ano, com investidores de olho no anúncio de um local e data para a assinatura do acordo comercial inicial entre Estados Unidos e China.
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A medida recente do banco central chinês de reduzir a taxa de compulsório e dados firmes sobre a indústria da China também estavam no radar dos agentes do mercado.
A atividade industrial da China expandiu a um ritmo mais lento em dezembro, mas a produção continuou a aumentar a um ritmo sólido e a confiança empresarial cresceu, oferecendo mais suporte à segunda maior economia do mundo.
Além disso, o banco central da China informou na quarta-feira (1) um corte na quantidade de dinheiro que todos os bancos devem reter como reservas, liberando cerca de US$ 115 bilhões em fundos para dar suporte a sua economia.
“Momentaneamente, a China está no radar, já que reduziu seu compulsório, podendo injetar bilhões na economia, e os dados de PMI da China também vieram bons”, disse Jefferson Laatus, sócio fundador do grupo Laatus.
“Outra coisa que chamou a atenção foi o anúncio de Trump sobre o acordo comercial, o que deixou os mercados animados ao mostrar que isto é sério e que o acordo realmente está acontecendo. Isso traz tranquilidade para as negociações”, completou.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira (31) que a “fase um” do acordo comercial EUA-China será assinada em 15 de janeiro na Casa Branca, embora ainda haja considerável confusão sobre os detalhes do acordo.
Às 10:23, o dólar recuava 0,01%, a R$ 4,0125 na venda, em torno de mínimas desde o começo de novembro do ano passado.
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Em meio a um clima de final de ano otimista, a moeda norte-americana encerrou o último pregão do ano passado em queda de 0,91%, a R$ 4,0129 na venda. No entanto, em 2019, a moeda acumulou alta de 3,54%, depois de saltar 16,94% em 2018 e subir 1,79% em 2017.
Para Laatus, o horizonte para a moeda brasileira é positivo, devido à perspectiva otimista para a economia doméstica e à expectativa de entrada de recursos com ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês) em 2020.
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