A Heineken, segunda maior cervejaria do mundo, prevê que os custos mais baixos de cevada e alumínio ajudarão a aumentar os lucros este ano, quando seu presidente-executivo deixará o cargo.
As ações da companhia disparavam mais de 6% no pregão de hoje (12), com investidores repercutindo positivamente sólidos resultados do quarto trimestre, liderados pelo crescimento no Vietnã, Camboja e Brasil.
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A empresa disse que as receitas devem subir este ano com volumes mais altos, preços e consumidores mudando para cervejas mais caras.
Juntamente com um aumento mais moderado nos custos de insumos, a empresa deve registrar um aumento percentual de um dígito médio no lucro operacional em 2020, estimou, acrescentando ser muito cedo para avaliar o impacto do surto de coronavírus em seus negócios.
“Somos cautelosos, estamos apenas analisando a situação, mas com certeza não é paralisante, seria uma palavra muito forte, mas terá algumas consequências”, afirmou o presidente-executivo de saída, Jean-François van Boxmeer, em uma teleconferência.
Van Boxmeer, belga e presidente-executivo desde 2005, deve deixar o cargo em 1º de junho, um ano antes do esperado. Ele será sucedido pelo chefe das operações asiáticas, o holandês Dolf van den Brink, disse a Heineken ontem (11).
Analistas disseram que a mudança não foi uma grande surpresa e Van den Brink, que também liderou as operações da Heineken nos EUA e no México, foi uma escolha lógica.
IMPULSO DO BRASIL
A Heineken disse que os volumes de cerveja cresceram 4,1% no quarto trimestre, com os aumentos mais fortes no Vietnã, Camboja e Brasil.
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“Um final de ano forte”, disse Trevor Sterling, analista de bebidas da Bernstein Securities, destacando o crescimento de dois dígitos nesses três países.
O Brasil, onde a Heineken se expandiu para se tornar a segunda maior cervejaria do país em 2017, agora é o maior mercado da marca Heineken.
A estimativa média dos analistas é de crescimento de lucro de 6% este ano, de acordo com um consenso compilado pela empresa. O vice-presidente de Finanças, Laurence Debroux, se recusou a colocar um intervalo numérico na previsão da Heineken.
As projeções são as mesmas da Heineken há um ano. No entanto, a empresa atenuou em outubro as expectativas relacionadas ao lucro, dizendo que o lucro operacional aumentaria apenas 4%.
O número final de 2019 antes de itens extraordinários foi de € 4,02 bilhões (US$ 4,39 bilhões), um aumento de 3,9% e exatamente em linha com o consenso do mercado.
Em termos regionais, os números de lucro também foram semelhantes às expectativas, com um leve desempenho superior na África, Oriente Médio e Leste Europeu e nas Américas, contra um leve desempenho inferior na Ásia-Pacífico e na Europa.
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