O dólar caiu mais de 1% ante o real hoje (24), seguindo movimento global de vendas da moeda norte-americana em dia de maior apetite por risco, à medida que agentes financeiros avaliaram que os estímulos anunciados por bancos centrais e governos podem suprir demanda pela divisa.
O dólar à vista caiu 1,10%, a R$ 5,0821 na venda. Na B3, em que os negócios com dólar futuro vão até às 18h, o contrato de primeiro vencimento tinha queda de 1,51%, a R$ 5,0720, às 17h31.
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No exterior, moedas emergentes se apreciavam, com rand sul-africano, won sul-coreano e rublo russo entre os destaques positivos. O dólar caía ante 30 dentre 34 pares de países emergentes e desenvolvidos nesta sessão.
Ontem (23), o Fed anunciou que compraria títulos em número ilimitado e apoiaria empréstimos diretos a empresas, na mais recente de uma série de medidas adotadas nos últimos dez dias para acalmar os mercados e apoiar a economia.
“A preocupação do mercado era com uma crise de dívida, e essa medida do Fed ajudou a acalmar esse receio”, disse Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.
Uma medida do prêmio pago por investidores europeus para tomarem dólares caiu a 8 pontos-base nesta terça, de 14,5 pontos-base na véspera. Na prática, isso mostra que o dólar está ficando menos caro, com menor demanda na margem pela moeda.
No Brasil, a taxa do cupom cambial de primeiro vencimento – visto como uma medida da percepção de liquidez no mercado de câmbio – caía a 1,75% ao ano, de quase 2,5% há cerca de uma semana.
O mercado aguarda ainda a aprovação no Congresso dos EUA de um pacote de US$ 2 trilhões em auxílio à economia.
Beyruti, contudo, pondera que ainda é cedo para se falar que o pior da crise já passou. “Vamos começar a ver os números de atividade em queda forte, e a crise econômica de fato ainda não é mensurável. O que vimos até agora foi a reação dos mercados”, afirmou.
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O Banco Central não realizou leilões de câmbio nesta sessão. Mas, apenas em moeda à vista, o BC já vendeu ao mercado neste ano US$ 9,654 bilhões. Na véspera, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, reiterou que a taxa de câmbio é flutuante e disse que a autoridade monetária tem arsenal grande nessa área do qual pode lançar mão se entender necessário.
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