Pedro de Paula, principal executivo do Mercado Crédito no Brasil,
O Mercado Livre atingiu US$ 1 bilhão em crédito, à medida que o maior portal de comércio eletrônico da América Latina amplia a aposta em serviços financeiros como carro-chefe da expansão do negócio.
Criado há quatro anos, sob guarda-chuva Mercado Pago, braço financeiro do grupo, o braço Mercado Crédito opera no Brasil, na Argentina e no México, tanto com linhas de capital de giro para microempreendedores que oferecem seu produtos no portal como para consumidores que compram em parcelas.
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Segundo o Mercado Livre, os empréstimos chegaram a mais de 500 mil empreendedores com valor médio equivalente US$ 1.150. Na outra ponta, os financiamentos atingiram mais de 1 milhão de consumidores, que fizeram compras em prestações sem a necessidade de cartão de crédito, com operações de valor médio equivalente a US$ 50 cada.
No Brasil, a concessão de crédito superou R$ 2,1 bilhões de reais, sendo R$ 1,6 bilhão em capital de giro para empreendedores e cerca de R$ 510 milhões para financiamento de compras entre 2017 a 2019.
No fim de 2019, a carteira ativa de empréstimos do Mercado Crédito equivalia a R$ 213 milhões.
Segundo Pedro de Paula, principal executivo do Mercado Crédito no Brasil, o negócio tem crescido em rentabilidade, à medida que a progressiva melhora na análise de risco das operações e nos serviços de cobrança tem reduzido os indicadores de inadimplência, embora não tenha revelado números. “Nossa estrutura de aprovação e de cobrança está mais robusta”, disse o executivo.
De Paula disse ainda que o Mercado Crédito avalia fazer novas captações de recursos no mercado, a exemplo da operação de R$ 245 milhões num fundo de direitos creditórios (FDIC) em 2018, com foco em empréstimos a microempreendedores.
Além disso, a divisão pode deslanchar nos próximos meses novas linhas de crédito para consumidores, junto com o Mercado Pago, que tem feito várias parcerias no país para ampliar seu alcance no varejo físico.
Coronavírus
Segundo De Paula, até agora o impacto da epidemia do coronavírus sobre as operações do Mercado Pago foram irrelevantes. O portal tem parte dos produtos anunciados com origem da China, onde a doença surgiu na virada do ano e cujo governo tomou medidas que afetaram operações logísticas para conter a disseminação do vírus. “Até agora, o impacto é muito pequeno para nós”, disse ele.
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