O Ibovespa fechou em queda hoje (1), sem sinais de alívio nas preocupações com os reflexos da Covid-19, que derrubaram as ações em março, com os papeis das companhias áreas novamente entre os destaques negativos da sessão. A Azul registrou queda de 15,38%, enquanto a Gol caiu 12,23%.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 2,81%, a 70.966,70 pontos, tendo chegado a 69.568,56 pontos no pior momento. O volume financeiro somou R$ 21,8 bilhões.
Abril começou com manutenção da aversão a risco nos mercados globais, sem sinais de arrefecimento no ritmo de contágio e, assim, nas medidas de confinamento, deixando ainda incerto o efeito da pandemia na atividade econômica global.
Para o chefe de produtos da Monte Bravo, Rodrigo Franchini, a aversão reflete as incertezas sobre os efeitos do novo coronavírus na economia norte-americana, principalmente o número de casos, em razão do seu reflexo nas decisões de “lockdown”.
“Apesar dos planos e pacotes, a questão de saúde é um problema maior porque pode levar a um ‘lockdown’ por mais tempo do que se previa anteriormente”, afirmou Franchini, que também é sócio na empresa de assessoria de investimentos.
No caso do Ibovespa, contudo, ele avalia que o pior pode já ter passado, com o índice no patamar dos 70 mil pontos ficando “atrativo”. “Dificilmente vai perder mais do que isso.”
Na visão do estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos, enquanto não houver uma visibilidade sobre quando países ocidentais irão achatar a curva de contágio, não se saberá o tamanho da quarentena e os impactos econômicos.
O cenário nebuloso à frente, apesar do tombo de quase 30% do Ibovespa em março, diante da forte aversão a risco que dominou os mercados com a rápida disseminação da Covid-19, se refletiu em cautela nas estratégias de ações para abril.
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“Com um cenário incerto à frente, nós decidimos aumentar a qualidade e o perfil defensivo do nosso portfólio, além de deixá-lo mais diversificado”, escreveram Carlos Sequeira e Osni Carfi, do BTG Pactual, em relatório a clientes.
Para a equipe da BB Investimentos, o mercado financeiro está vivendo momentos de pânico, apoiados no cenário recessivo da economia global, cujos impactos começam a ser calculados, mas ainda sem uma clara definição do real choque econômico.
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