A startup brasileira de gerenciamento de transporte rodoviário de cargas Cargo X anunciou hoje (7) que recebeu uma rodada de investimentos de US$ 80 milhões.
Liderada pela LGT Lightstone Latin America, a rodada inclui a participação de Goldman Sachs Growth Equity, Valor Capital e Farallon Capital, que já eram investidores na empresa.
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Segundo Marcos Wilson Pereira e Pedro Teixeira, sócios e cochefes da LGT Lightstone para a América Latina, a “Cargo X aborda os objetivos do fundo na região, incluindo alto crescimento, alto impacto e soluções tecnológicas diferenciadas”.
Para o presidente da Cargo X, Federico Vega, a crise de saúde atual acelerou abruptamente a busca por maior eficiência por meio da automação de processos.
Criada em 2013, a startup tem cerca de 400 funcionários e conecta cerca de 20 mil transportadoras e seus 400 mil caminhoneiros com frete, além de oferecer serviços financeiros e tecnologia. Em 2020, a Cargo X prevê dobrar o número de operadoras em sua rede.
A startup já havia captado um total de US$ 96 milhões em quatro rodadas anteriores de investimentos.
O anúncio do novo aporte acontece em meio ao forte impacto econômico no país das medidas de isolamento social para tentar abrandar a disseminação do coronavírus. Alguns economistas já preveem que o Brasil deve voltar à recessão em 2020, após anos de lenta recuperação econômica, na sequência da maior retração em um século entre 2015 e 2016.
Com o transporte de cargas fortemente fragmentado entre pequenas transportadoras e caminhoneiros autônomos, o setor há anos tem sentido ainda mais fortemente os efeitos da baixa atividade econômica, o que derrubou os preços dos fretes, sem contar o aumento de custos devido ao aumento de preços de combustíveis. Esse cenário, inclusive, levou a uma greve dos caminhoneiros, que paralisou o país por duas semanas em 2018.
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Diante disso, empresas de tecnologia que conectam transportadores a clientes, como a Cargo X, têm crescido rapidamente no país.
Outra empresa do setor, a BBM Logística, que tem crescido com ajuda de aquisições de transportadoras de pequeno e médio portes, pediu no começo deste ano registro para fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na B3.
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