O anúncio da morte de Cid Moreira, 97, foi feito pela esposa, Fátima Sampaio, durante o programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo. O apresentador, reconhecido pela voz emblemática, estava tratando uma pneumonia em um hospital na região serrana do Rio de Janeiro. A causa da morte, segundo Nélio Gomes Júnior, médico que cuidou do caso, foi a “múltipla falência dos órgãos”.
De acordo com o médico, Cid Moreira já estava sofrendo de insuficiência renal crônica há algum tempo. Em 2022, Fátima Sampaio divulgou que o apresentador estava fazendo diálise em casa, um procedimento que remove os resíduos e a água em excesso no sangue.
A carreira de Cid Moreira
O ícone da televisão brasileira nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 27 de setembro de 1927. Em 1969, Cid estreou na bancada do recém-lançado Jornal Nacional, onde permaneceu por 26 anos e apresentou oito mil programas, de acordo com informações da Rede Globo.
Cid Moreira iniciou sua carreira na comunicação por acaso, ao ser incentivado por um amigo a fazer um teste de locução em uma rádio local de Taubaté. Em 1949, mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar na Rádio Bandeirantes.
Em 1951, Cid foi para o Rio de Janeiro para trabalhar na Rádio Mayrink Veiga, onde permaneceu até 1956. Durante esse período, teve suas primeiras experiências na TV Rio, apresentando comerciais ao vivo em programas de sucesso.
Foi na Globo que Cid Moreira se tornou um ícone da comunicação brasileira. Ele foi chamado para substituir Luís Jatobá no Jornal da Globo e logo integrou a equipe do recém-lançado Jornal Nacional. Dividindo a bancada com Hilton Gomes, e posteriormente com Sérgio Chapelin.
Sua voz grave e inconfundível marcou o telejornal por 26 anos. Em 1996, ele deixou a bancada do JN em meio a uma reformulação do telejornal, que passou a ser comandado por jornalistas envolvidos na edição, como William Bonner e Lillian Witte Fibe. A partir de então, Cid passou a se dedicar a leituras de editoriais e à locução de reportagens especiais do Fantástico.