A lista 2017 dos 50 maiores líderes do mundo da revista “Fortune” foi divulgada no dia 23 de março. E um dos principais destaques do ranking deste ano é que há um grande número de novas mulheres. Das 50 posições, 22 delas são ocupadas por líderes do sexo feminino. Se considerarmos que o 34º lugar tem quatro delas empatadas, significa que do total de 53 pessoas da lista, 25 são mulheres. Isso representa quase 50%. Como muitas mulheres escolhem desacelerar – ou até abandonar – sua vida profissional para cuidar da família e de outros assuntos, esse número é realmente muito impressionante.
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Em muitos casos, as mulheres são líderes melhores do que os homens, já que liderança é uma característica que exige habilidade para administrar força e compaixão ao mesmo tempo – algo que o sexo feminino faz muito bem. Um dos estudos que provam isso revelou que as mulheres entrevistadas obtiveram pontuações melhores em relação aos homens em 12 das 16 competências medidas.
O trabalho de um líder inclui várias tarefas, mas uma delas é oferecer esperança para um futuro melhor. Na realidade, esta é a principal. Em uma área em que estamos conectados quase 100% do tempo, a necessidade de interação pessoal não pode ser menosprezada. Estudos mostraram que quando as pessoas trabalham para atingir objetivos comuns com certa proximidade, seus neurônios se espelham uns nos outros, gerando maior empatia e confiança. Por fim, líderes reais preferem construir pontes no lugar de guerras com seus concorrentes, porque eles sabem que, na maioria das situações, uma solução que beneficie ambas as partes é viável.
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A energia dos líderes é a força que previne que essas pessoas desistam quando encontram alguma resistência ou obstáculos. No final do dia, a única diferença entre líderes e não-líderes é que os últimos desistem. Se alguns desses grandes homens e mulheres desistissem diante dos desafios, eles não estariam na lista. Por isso, uma energia duradoura para uma boa liderança é o ingrediente principal, e isso existe a partir de uma grande convicção em um conjunto de valores positivos – e de um objetivo baseado nesses valores.
Outra coisa muito importante que podemos absorver dessa lista são os principais ensinamentos sobre liderança que essas pessoas podem oferecer. Veja na galeria de fotos 5 lições que podemos aprender com 5 grandes líderes da atualidade:
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47º) Hu Shuli, editora-chefe da Caixin Media
Em 1989, quando era uma jovem repórter, Hu Shuli foi suspensa porque queria que o jornal onde trabalhava cobrisse os protestos na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Destemida, ela começou seu próprio jornal, o “Caijing”, com foco em assuntos que abrangem desde a corrupção no governo até a manipulação do mercado de ações. Até hoje, continua a defender a causa da transparência na China, apesar dos riscos significativos associados a ela.
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44º) Frank Mugisha, do grupo Sexual Minorities
Na Uganda, país onde a homossexualidade é um crime com pena de prisão perpétua, Mushiga, com apenas 14 anos, se posicionou contra a lei anti LGBT e liderou uma campanha que resultou na abolição da mesma. Agora, aos 37 anos, ele continua a enfrentar uma tremenda hostilidade, mas não se deixa intimidar por causa da sua forte liderança, abastecida com seus valores e propósitos.
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23º) Joe Biden, ex-vice Presidente dos EUA
Depois de perder a esposa e a filha, ainda bebê, em um acidente de carro em 1972, Joe Biden perdeu um filho para o câncer em 2015. Em vez de permitir que essas tragédias o afetassem, ele decidiu fazer da cura do câncer o propósito da sua vida, assunto que ele focou com muita devoção no decorrer do seu mandato, e planeja continuar durante sua aposentadoria. Quando ele deixou o cargo, sua taxa de aprovação era de 61%.
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2º) Jack Ma, presidente-executivo da Alibaba Group
Ma começou sua vida profissional como professor de inglês, idioma que aprendeu ao praticar com turistas estrangeiros enquanto oferecia serviços gratuitos de guia de excursão. Quando finalmente descobriu a internet, no início dos anos 1990, e decidiu investir no negócio de e-commerce, ele fracassou inúmeras vezes antes de fundar a Alibaba, em 1999. Apesar de todas as dificuldades enfrentadas ao longo dos anos, Jack Ma nunca considerou desistir.
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1º) Theo Epstein, presidente do time de beisebol Chicago Cubs
Epstein mudou o processo de seleção de jogadores para se concentrar fortemente nas suas características individuais. Como disse o autor do artigo da “Fortune”, “as características não apenas importam, elas são essenciais para os planos de Epstein de ganhar a série mundial”. A abordagem foi fundamental para a vitória do Cubs na temporada 2016, depois de um hiato de 108 anos sem vitórias. Se há uma coisa que Epsteins aprendeu em seus anos como empresário do time Boston Red Sox é que apenas a sua dedicação na formação da equipe não é suficiente. O valor de cada um dos jogadores é tão – ou mais – importante.
47º) Hu Shuli, editora-chefe da Caixin Media
Em 1989, quando era uma jovem repórter, Hu Shuli foi suspensa porque queria que o jornal onde trabalhava cobrisse os protestos na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Destemida, ela começou seu próprio jornal, o “Caijing”, com foco em assuntos que abrangem desde a corrupção no governo até a manipulação do mercado de ações. Até hoje, continua a defender a causa da transparência na China, apesar dos riscos significativos associados a ela.