De acordo com o site do “The Jakarta Post”, a gigante de transporte Uber anunciou, no domingo (12), que entrou em um acordo para vender uma participação da empresa ao grupo japonês SoftBank, já que busca focar em seu IPO planejado para 2019.
A decisão foi anunciada pouco depois da notícia de que o antigo CEO da Uber, Travis Kalanick, e um influente investidor haviam se reconciliado após uma longa disputa que preparou o caminho para a aquisição.
“Nós entramos em acordo com um consórcio liderado pelo SoftBank e Dragoneer sobre um possível investimento”, declarou a empresa no domingo de manhã (12). “Acreditamos que esse acordo é um grande voto de confiança ao potencial do Uber a longo prazo. Depois da conclusão, poderemos alimentar nossos investimentos em tecnologia e nossa contínua expansão nacional e internacional, ao mesmo tempo em que fortaleceremos a governança corporativa.”
O SoftBank, no entanto, se recusou a confirmar as notícias e disse que não planejava publicar qualquer declaração no domingo. O grupo japonês, fundado pelo bilionário Masayoshi Son, mostrou interesse, muitos meses atrás, de investir cerca de US$ 1 bilhão no Uber por uma participação de, pelo menos, 14%. A iniciativa, porém, foi ameaçada pelo conflito entre Kalanick e a empresa de venture capital norte-americana Benchmark.
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A investidora apresentou um processo contra Kalanick acusando-o de fraude, violação de contrato e conspiração para manipular o grupo de diretores para permitir que ele voltasse como CEO depois de sua demissão em junho.
Um acordo seria positivo para o Uber, que busca se recuperar da sequência de recentes escândalos, como alegações de assédio sexual.
Enquanto isso, o SoftBank vem diversificando sua atuação por meio de investimentos de longo prazo e se aventurou em setores fora do seu foco do negócio – a tecnologia mobile – ao fechar acordos com a empresa francesa de robótica Aldebaran e com a gigante chinesa Alibaba.