É tudo uma questão de gosto. Marcas de luxo estão acostumadas a atrair fashionistas, mas agora estão direcionando suas apostas para a alta cozinha. A Gucci abriu hoje (9), em Florença, um restaurante de 50 lugares, a Gucci Osteria, onde o chefe Massimo Bottura, três estrelas Michelin, vai servir pratos de alta qualidade.
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A casa de moda italiana, de propriedade da Kering, não é a única companhia de luxo a se aventurar na gastronomia. A LVMH anunciou no final do ano passado que irá abrir uma segunda filial de sua mercearia gourmet La Grande Epicerie em Paris, dias antes da Tiffany’s & Co abrir seu Blue Box Café em Nova York.
“As grandes marcas estão seguindo para onde o dinheiro de seus clientes de gastos elevados está indo”, dize Fabrizio Pini, professor e diretor do Mestrado Internacional em Gerenciamento de Luxo, da escola empresarial de Milão MIP Politecnico.
A Gucci e suas rivais não esperam que estes investimentos gerem retornos financeiros significativos por ora, mas essas iniciativas são encaradas como uma maneira de expandir suas marcas globais. Em alguns casos, restaurantes também podem ser maneiras de maximizar locais de compra em grandes centros urbanos, à medida que os clientes compram, cada vez mais, de maneira online.
O restaurante da Gucci fica atrás dos muros do Palazzo dela Mercanzia, do século 14, com vista para a praça mais famosa da cidade, a Piazza dela Signoria. Visitantes podem pedir opções como o Parmigiano Reggiano Tortellini, tostadas com inspiração peruana, pães de barriga de porco e risoto de cogumelo por € 20 a € 30 por prato.