A Gerdau teve lucro líquido ajustado de R$ 262 milhões no quarto trimestre, ante prejuízo de R$ 203 milhões no mesmo período de 2016, informou hoje (28) o grupo siderúrgico.
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A Gerdau ainda apurou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 1,181 bilhão entre outubro a dezembro, salto de 64,9% ante o mesmo período de 2016. A margem Ebitda ajustada subiu de 8,3% para 12%.
Sem ajustes, a empresa sofreu prejuízo líquido de R$ 1,38 bilhão nos três últimos meses do ano passado, ante resultado negativo um ano antes de R$ 3,07 bilhões.
O resultado foi beneficiado pela redução nas perdas com testes contábeis que avaliam a capacidade de recuperação de ágio e valor sobre ativos da companhia. No quarto trimestre, estas perdas somaram US$ 1,115 bilhão no grupo, dos quais R$ 1,07 bilhão registradas nas operações da empresa na América do Norte. Um ano antes, as perdas tinham somado quase R$ 3 bilhões, dos quais R$ 2,8 bilhões verificadas também na América do Norte.
No quarto trimestre, a Gerdau elevou a produção de aço bruto em 18,7% na comparação anual, para 3,95 milhões de toneladas, enquanto a receita líquida avançou quase 14%, a R$ 9,82 bilhões, apesar do volume vendido de aço ter ficado praticamente estável, com oscilação negativa de 0,7%, a 3,77 milhões de toneladas.
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O custo de vendas subiu menos que a receita, avançando 8,4%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas tiveram queda de 25,6% no período.
A Gerdau tem vendido ativos considerados menos rentáveis nos últimos quatro anos, levantando até o final do ano passado R$ 6,3 bilhões. As vendas mais recentes envolveram duas hidrelétricas em Goiás e usinas de vergalhões e fio-máquina nos Estados Unidos.
Com isso, a empresa terminou 2017 com uma relação dívida líquida sobre Ebitda de 3 vezes ante 3,5 vezes no final de 2016 e 3,4 vezes no fim de setembro do ano passado.
A companhia previu no balanço investimento de R$ 1,2 bilhão em 2018, crescimento de 37% sobre o desembolsado em 2017. A Gerdau afirmou que a expansão do orçamento ocorre por conta de “deslocamento de parte dos investimentos de 2017 para 2018, que se somou aos previstos para o ano em curso”.