O Chief Executive Officer (CEO) é o maior cargo hierárquico de uma grande empresa e chegar a ser um está nos planos de carreira de muitos profissionais. Um dos atrativos da posição é, claro, a alta remuneração, normalmente formada por uma salário-base mensal e uma série de benefícios – que incluem bônus por performance pessoal e resultado da companhia, ações, previdência privada complementar, seguro de vida, assistência médica etc.
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Nada mais justo para recompensar a imensa responsabilidade que esses profissionais, com elevada capacidade de execução e de liderança, carregam. Mas, como é calculada essa remuneração?
“Existe uma correlação direta entre o salário de um executivo e o tamanho da empresa e sua complexidade de operação”, explica Marcelo Ferrari, diretor de negócios da Mercer – empresa de capital humano especializada em remuneração de executivos. Segundo Ferrari, CEOs de companhias com a mesma receita podem ter remunerações diferentes. “Se é uma empresa completa, isso influencia”, diz ele, sobre o fato de a remuneração ser maior quando a operação envolve fábricas, centros de distribuição e escritórios em vários locais.
Durante a crise econômica dos últimos anos, o pagamento aos executivos também foi impactado, sofrendo uma redução de até 30%. “O Brasil está voltando a ter remunerações alinhadas à realidade global”, afirma Marcelo Apovian, sócio da Signium no Brasil – consultoria de capital humano. Na avaliação do executivo, o ajuste dos investimentos e a redução de custos das empresas – aliados à desvalorização do real – desinflaram a bolha que havia na remuneração dos executivos no Brasil entre 2010 e 2012, anos de boom econômico, quando ficou acima da média mundial.
“A crise refletiu não só em bônus piores, como também em reajustes abaixo da inflação”, diz Ferrari, salientando que é justamente em momentos de incertezas que os executivos provam o seu valor. “Os melhores conseguem dar resultado”, afirma.
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Segundo Ferrari, houve muita rotatividade em cargos de alta direção durante a crise. “A expectativa é que a retomada de posições para profissionais mais sêniores se mantenha ao longo de 2018”, aponta Apovian, sobre a retomada de contratações de executivos desde o segundo semestre do ano passado.
Veja, a seguir, os setores que melhor remuneram seus executivos no Brasil. Os valores, levantados pela Mercer, são baseados nas informações de 573 grandes empresas e representam o salário-base anual, desconsiderando-se os benefícios, que são variáveis.
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iStock 1. Tecnologia
R$ 1.350.000 – R$ 2.050.000 -
iStock 2. Energia
R$ 1.050.000 – R$ 1.600.000
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iStock 3. Bens de Consumo
R$ 1.000.000 – R$ 1.500.000
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iStock 4. Serviços (não-financeiro)
R$ 950.000 – R$ 1.200.000
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iStock 5. Ciências da Vida
R$ 900.000 – R$ 1.300.000
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iStock 6. Varejo/Atacado
R$ 850.000 – R$ 1.200.00
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iStock 7. Químico
R$ 800.000 – R$ 1.200.000
1. Tecnologia
R$ 1.350.000 – R$ 2.050.000
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