A Embraer informou hoje (15) que estima demanda de 10.550 novos aviões com capacidade para até 150 assentos nos próximos 20 anos, no mercado avaliado em US$ 600 bilhões.
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Segundo nota da empresa, a frota de aeronaves em serviço deve aumentar para 16 mil unidades no período, sobre nove mil que atualmente estão em operação.
O crescimento do mercado vai estimular 65% dessa demanda, enquanto os 35% restantes serão para reposição de aeronaves antigas, explicou a Embraer. “Apesar do crescimento da indústria ter superado todas as expectativas nos últimos anos, estamos nos preparando para um período de aumento de custos, com contínua pressão pelo crescimento da rentabilidade. Os lucros estão caindo e os ganhos desaparecendo com o aumento de custos”, disse em nota o presidente & CEO da Embraer Aviação Comercial, John Slattery.
No início deste mês, a Embraer acertou um acordo com a norte-americana Boeing para formação de joint venture que vai envolver a área de aviação comercial da fabricante brasileira, em uma etapa de transformação do duopólio global de jatos para passageiros.
A nova companhia a ser criada após aval de autoridades que incluem o governo brasileiro marcará a entrada da Boeing no segmento de aviões comerciais de menor porte e dará mais competição para os jatos CSeries, projetados pela canadense Bombardier e apoiados pela europeia Airbus.
Rivalidade com Airbus faz companhia reduzir custo de manutenção do jato E2
A Embraer está melhorando os baixos custos de manutenção e queima de combustível de seu jato E2, uma vez que enfrenta concorrência mais dura do rival A220, agora apoiada pela Airbus. “Espero que possamos apresentar uma boa exibição na terça-feira”, disse Slattery, a bordo do jato E190-E2, à espera de possíveis anúncios de pedidos na feira de Farnborough.
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A Embraer sofreu um golpe na semana passada quando a JetBlue optou pelo modelo A220-300, anteriormente conhecido como Cseries.
Falando separadamente antes da feira, o presidente da Bombardier Commercial Aircraft, Fred Cromer, disse que o acordo com a Airbus permitiu que o ex-Cseries atingisse todo o seu potencial. “É a melhor aeronave desse segmento. É um projeto limpo, não é uma reengenharia de uma plataforma existente”, disse, acrescentando que seu benefício está nos baixos custos operacionais e na economia de combustível.