Em uma nova entrevista exclusiva para o podcast DealMakers, Will Herman revelou suas próprias lutas e êxitos durante o lançamento e a captação de recursos para seus empreendimentos. O empresário também compartilhou como foi o início de seus investimentos em startups e, finalmente, falou sobre como foi escrever um dos livros mais importantes para empreendedores nos tempos atuais.
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Mas quem é Will Herman?
De acordo com dados da Crunchbase, uma plataforma para encontrar informações comerciais sobre empresas privadas e públicas, Will Herman é um dos investidores-anjo mais ativos. Seu volume de aplicações do empresário em startups o coloca ao lado de outros notáveis, como Reid Hoffman, Dave McClure ou Max Levchin.
Ele também é um dos dois fundadores veteranos e autores, junto a Rajat Bhargava, de “Startup Playbook”. O livro foi desenvolvido como recurso para qualquer empreendedor de primeira viagem interessado em criar e construir uma nova empresa. É um guia que aborda desde a ideia, até como avaliá-la, criar a empresa e a equipe e, finalmente, lançar um produto ou serviço de sucesso. Um material de fácil leitura, que serve como referência.
Primeiras startups
De cinco startups, Herman disse ao DealMakers que, embora duas fossem “acidentes e perda de dinheiro”, as outras três se tornaram grandes sucessos. Todas foram compradas – duas delas chegaram até mesmo a fazer IPO (oferta pública de ações).
Ele começou a trabalhar em uma startup e se apaixonou pela liberdade oferecida.
Os cinco cofundadores da ViewLogic trabalharam um ano na codificação, planejamento de negócios e levantamento de US$ 50.000. Isso significava continuar a trabalhar sem salário, viver lado a lado e correr sem parar para atingir novos patamares.
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Por fim, a empresa faturava de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões por ano em contratos e taxas de licenciamento. Durante rodadas adicionais de capital de risco, Will Herman arrecadou financiamento extra, como uma grande quantia de dinheiro para alimentar o crescimento e expandir com uma força de vendas internacional direta. Depois do IPO, a empresa foi vendida por mais de US$ 500 milhões.
Equívocos sobre lançamento e financiamento de uma startup
Uma dos principais pontos sobre este e outros episódios do podcast DealMakers, que apresenta os principais investidores-anjo e empresários de sucesso, são os insights sobre coisas que os fundadores realmente ignoram no começo.
Uma delas é começar um empreendimento tendo o fim em mente. Herman diz que seu foco estava apenas na construção da sua empresa e na jornada. Embora você não planeje vender ou abrir capital desde o começo, há uma boa chance de que acabe por fazê-lo.
Enquanto no começo é melhor não se concentrar na saída, ao tomar capital de risco, a saída precisa se tornar o objetivo da empresa – o que pode ser muito mais lucrativo e fácil se a meta for estabelecida e o impacto das suas decisões diárias sobre o resultado estiverem consideradas.
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O tempo envolvido na captação de recursos também é frequentemente subestimado. “Isso demanda muito do dia a dia do negócio”, diz Herman. No primeiro ano, absorveu pelo menos metade do tempo. Em seguida, esse tempo foi sendo reduzido para meses e semanas.
Ao contrário de algumas percepções externas, você não é financiado apenas uma vez para o resto de sua vida. É possível levantar capital em novas rodadas a cada 12 meses.
Durante esses períodos, pode haver pressões de novos membros do conselho para investir em diferentes áreas. Isso possivelmente culminará no desmembramento da equipe fundadora, além de uma quantidade substancial de diluição no processo. Se você não perceber a equivalência e o peso das suas ações, uma saída em grande número pode não render nada perto do que você imaginou.
Os desafios imprevistos de uma saída bem-sucedida
Trabalhando a partir de uma posição de poder, com uma forte liderança no mercado e ótimos contatos com CEOs concorrentes, os fundadores puderam efetivamente comprar a empresa e leiloá-la pelo maior lance.
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Embora uma grande oferta pareça representar o fim de suas lutas, empreendedores experientes como Herman dirão a você que esta é a porta de entrada para a parte mais estressante de se trabalhar em uma startup. Isso significa se preparar para meses de due diligence, centenas de pessoas analisando a empresa, equipes em seu escritório copiando todos os documentos e observando cada movimento. Tudo isso enquanto você passa noites em claro na esperança de que não encontrem algo que acabe com o negócio.
Dependendo dos termos da sua saída, pode haver desafios em curso também. Neste episódio, Herman revelou como a Viacom se recusou a pagar integralmente um de seus investimentos em startups e como o comprador da ViewLogic parou de trabalhar nos produtos que compunham a maior parte da receita da empresa no momento da venda. Isso resultou na recompra da companhia por US$ 50 milhões e, finalmente, a venda por mais de US$ 200 milhões.
Tornando-se um investidor anjo
Depois de suas saídas, o empresário começou a ajudar outros empreendedores ao oferecer consultoria. Isso até que alguém começou a tentar levantar dinheiro – e colocar seu próprio capital passou a fazer sentido.
Veja, na galeria de imagens a seguir, quatro pontos que Herman pesa ao considerar investir em uma startup e que são essenciais em iniciativas de sucesso:
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GettyImages 1. Fundadores que acreditam em uma equipe e são conscientes do que não sabem;
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GettyImages 2. Fundadores que se concentram na execução, não em ideias fofas;
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GettyImages 3. Fundadores que falam, constantemente, com seus clientes ativos e em potencial;
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GettyImages 4. Fundadores dispostos a colocar mais trabalho do que seus pares.
1. Fundadores que acreditam em uma equipe e são conscientes do que não sabem;